Simone Tebet prefere Ministério da Educação, mas PT quer senadora no comando da Agricultura

Simone não condicionou seu apoio a Lula a cargos, mas pediu que, se eleito, ele adotasse algumas propostas na área social (Mathilde Missioneiro/Folhapress)
Com informações do Estadão

BRASÍLIA – Convertida em cabo eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste 2° turno da campanha, a senadora Simone Tebet (MDB) gostaria de ser ministra da Educação, se o petista chegar ao Palácio do Planalto. O PT, porém, tem planos de comandar a Educação e quer dar a Simone a pasta da Agricultura.

A senadora ficou em terceiro lugar na disputa e é vista pela campanha de Lula como um trunfo político para conquistar votos de indecisos, principalmente, de centro e centro-direita, na reta final, ajudando a quebrar resistências ao PT. Nesta sexta-feira, 21, Simone estará ao lado de Lula em cidades de Minas Gerais, onde o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, fechou aliança com o governador Romeu Zema (Novo).

Simone fez caminhada de apoio a Lula nesta quarta-feira, 19, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Simone não condicionou seu apoio a Lula a cargos, mas pediu que, se eleito, ele adotasse algumas propostas na área social, como a criação de uma poupança de R$ 5 mil ao jovem que concluir o ensino médio, além de período integral para alunos de cursos técnicos. O ex-presidente aceitou. Ao declarar voto no petista, três dias após o 1° turno, Simone disse reconhecer nele o “compromisso com a democracia e a Constituição”.

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Embora coordenadores da campanha de Lula não falem, publicamente, sobre composição de eventual ministério, o PT nunca escondeu que gostaria de comandar novamente a Educação. Nos governos Lula e nos primeiros 15 meses da gestão de Dilma Rousseff, a pasta esteve nas mãos do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, hoje, candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes. Aloízio Mercadante, atual coordenador do programa de governo de Lula, também foi ministro da Educação da gestão de Dilma.

Se o PT perder a disputa para o governo paulista e Lula retornar ao Planalto, Haddad é cotado para voltar à Educação. O nome do ex-prefeito também vem sendo citado para outras pastas, como Casa Civil e Economia.

Uma ala do PT quer emplacar na Educação o senador eleito Camilo Santana, ex-governador do Ceará. A exemplo de Haddad, Santana também é mencionado para comandar Economia, que, sob Lula, deve ser novamente batizada de “Fazenda”.

O senador eleito Camilo Santana, ex-governador do Ceará, é nome cotado no PT para comandar o Ministério da Educação (Reprodução/Estadão)

Outro nome lembrado para a Educação é o de Gabriel Chalita. Professor de Filosofia do Direito, Chalita esteve à frente da Secretaria de Educação no governo de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e também na gestão de Haddad na prefeitura. Foi na casa dele que Lula e Alckmin iniciaram as negociações para a formação da chapa ao Planalto, em julho do ano passado. Ex-tucano, Alckmin migrou para o PSB e, hoje, é vice de Lula. Chalita foi filiado ao PDT, mas, atualmente, está sem partido.

Simone tem preferência pelo Ministério da Educação, mas também aceitaria alguma outra pasta da área social. Nesta quarta-feira, 19, ela fez uma caminhada de apoio a Lula, em Brasília.

“Eu estou aqui pela democracia, porque quero de volta um governo humano. Eu e o presidente Lula temos grandes diferenças políticas e econômicas, mas colocamos o povo em primeiro lugar”, afirmou Simone ao pedir a eleitores que não aceitem provocações. “Essa não é uma eleição fácil. Essa é uma eleição que não dá margem para erros”.

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