Síndrome de Burnout pode causar danos físicos e psicológicos se não tratada adequadamente

Burnout é uma alteração que traz consequências físicas e emocionais e tem como principais características, exaustão, alterações de humor, dores de cabeça, lapsos de memória e irritabilidade constante (Reprodução/Internet)

Com informações da assessoria

MANAUS – Exaustão no trabalho, desgaste emocional e sensação de ineficácia seguida de frustração são características que podem estar relacionadas à Síndrome de Burnout, alteração considerada ocupacional e que merece atenção redobrada, segundo a psicóloga da Associação de Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), Luana Lima.

O tema esteve entre os abordados durante uma série de lives transmitidas nos dias 4, 5, 6 e 7 deste mês, pelo canal da instituição, no YouTube, como parte do cronograma da campanha ‘Abril Verde’. O movimento é voltado à saúde e segurança no trabalho.

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O tema esteve entre os abordados durante uma série de lives transmitidas nos dias 4, 5, 6 e 7 deste mês (Divulgação)

Segundo a profissional, que ocupa o cargo de gerente de Recrutamento e Seleção, na Segeam, a Síndrome de Burnout é uma alteração que traz consequências físicas e emocionais e tem como principais características a exaustão, alterações de humor, dores de cabeça, lapsos de memória, irritabilidade constante – especialmente, quando não se alcança o objetivo almejado -, insônia e ansiedade. Já na parte física, dermatites e seborreia podem estar associadas não só à Síndrome de Burnout, mas também a quadros de estresse profundo. Em casos mais avançados, ambos podem levar à depressão.

“As características da Síndrome de Burnout podem estar associadas a outras alterações comuns à vida ‘corrida’ que grande parte dos profissionais leva atualmente. Por isso, o diagnóstico deve ser feito considerando protocolos muito específicos e uma anamnese detalhada quando há uma suspeita”, explicou Luana Lima.

Se cobrar muito no ambiente de trabalho é algo que, conforme a psicóloga, deve ser reavaliado. A frase, considerada clichê, ‘a vida não é só trabalho’, faz todo sentido quando inserida no contexto da síndrome. “A pressão, decorrente da concorrência no ambiente de trabalho, e querer ser sempre o melhor, faz com que o ambiente profissional seja transferido para a vida pessoal. Levar trabalho para a casa, não descansar e sofrer de insônia, são reflexos disso. O corpo pode estar cansado, mas a mente não consegue desligar”, explicou.

Luana Lima assegura que o apoio psicossocial nessas horas é fundamental. “O suporte psicológico faz parte do tratamento da síndrome. Na área da saúde, esses quadros foram potencializados, especialmente, no período da pandemia de Covid-19, que gerou uma sobrecarga de trabalho aos profissionais do setor”, destacou.

Ações que resgatam

Lima enfatizou que, no caso da Segeam, um programa foi criado para dar suporte psicossocial e fisioterápico aos seus colaboradores. “O programa ‘Ações que resgatam’ é um exemplo de que isso realmente faz toda a diferença. O programa acolhe e garante o acesso a diversas terapias, tanto para os profissionais de saúde vinculados à instituição, quanto a seus familiares quando necessário”, frisou.

Segeam criou um programa para dar suporte psicossocial e fisioterápico aos seus colaboradores (Divulgação)

Profissionais que, eventualmente, desenvolvam a Síndrome de Burnout também podem contar com tratamento. Além disso, tanto a prevenção quanto o tratamento da síndrome incluem outras medidas simples como: separar um tempo para atividades recreativas e de lazer; buscar atividades alternativas como ioga e meditação; praticar exercícios físicos regularmente; manter uma alimentação equilibrada; ter um sono de qualidade e ter tempo para a família e amigos. “Temos que lembrar que, para cuidar dos outros, precisamos estar bem e saudáveis. Todo ser humano tem suas limitações e respeitá-las é garantir mais qualidade de vida”, concluiu.

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