Spike Lee chama Bolsonaro de ‘gângster’ na abertura do Festival de Cannes

Presidente do júri, cineasta afirmou que o presidente brasileiro 'não tem moral, nem escrúpulos', assim como Donald Trump e Vladimir Putin (VALERY HACHE/AFP)
Com informações do O Globo

RIO – Durante a cerimônia de abertura da 74ª edição do Festival de Cannes, nesta terça-feira (6), o cineasta americano Spike Lee chamou o presidente Jair Bolsonaro de “gângster” ao discursar. “Este mundo é governado por gângsters, O Agente Laranja (Donald Trump), o cara do Brasil (Bolsonaro) e o (presidente russo Vladimir) Putin. Eles são gângsteres e farão o que quiserem. Eles não têm moral nem escrúpulos”, disparou o realizador de filmes como “Faça a coisa certa”, “Malcolm X” e “Infiltrado na Klan”.

Lee, que deveria ter presidido o júri em 2020, quando o festival foi cancelado, é o primeiro negro a ocupar o posto. A seu lado, ele conta com figuras como Song Kang-ho, Mélanie Laurent, Mati Diop, Maggie Gyllenhaal  e o diretor brasileiro, Kleber Mendonça Filho, que em 2019 conquistou, ao lado de Juliano Dornelles, o Prêmio do Júri com “Bacurau”.

Em 2021, o Brasil não conta com produções 100% nacionais em mostras paralelas de maior relevância, nem na disputa maior pela Palma de Ouro. Simbolicamente, o país participará do desfile pelo tapete vermelho com “Casa de antiguidades”, filme de João Paulo Miranda Maria que estava elencado para a seleção oficial da edição cancelada pela pandemia.

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Ainda há a presença brasileira na competição pela Palma de Ouro de curtas, com “Sideral”, de Carlos Segundo, e “Céu de agosto”, de Jasmin Tenucci.

Já a seção Cinefóndation, dedicada a curtas universitários, conta com “Cantareira”, trabalho de conclusão de curso de Rodrigo Ribeyro na Academia Internacional de Cinema.

O único longa brasileiro sem parcerias internacionais em Cannes é “Medusa”, de Anita Rosa da Silveira, que será exibido na Quinzena dos Realizadores.

O Brasil aparece como coprodutor em outros cinco longas-metragens. Um deles é “Marinheiro das montanhas”, de Karim Aïnouz, que em 2019 venceu a mostra Un Certain Regard com “A vida invisível”. Rodado na Argélia e com imagens de arquivos de Fortaleza (CE), o filme é uma parceria brasileira com França e Alemanha. Ele será exibido em uma sessão especial.

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