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TDAH: o que não te contaram sobre Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
Mulher coloca as mãos no rosto em sinal de confusão mental (Reprodução)
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10 de janeiro de 2024
Da Revista Cenarium Amazônia*
MANAUS (AM) – O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) tem se tornado cada vez mais presente, atualmente, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). Os casos de TDAH podem chegar a 8% da população mundial. Mas apesar de ser mais comum em crianças, cada vez mais adultos têm sido diagnosticados com a condição, o que, de acordo com o médico psiquiatra doutor Flávio H. Nascimento, não indica necessariamente que ele pode ser desenvolvido ao longo da vida.
“As evidências de que o TDAH pode ser desenvolvido na fase adulta são muito escassas, todas reforçam que a condição surge desde a infância, mas existem outros fatores que podem levar ao diagnóstico na idade adulta, como, por exemplo, sintomas similares causados por outras razões”, explica.
Diagnósticos imprecisos
De acordo com um novo modelo científico produzido pelo doutor Flávio H. Nascimento, em parceria com o Pós-PhD em Neurociências, doutor Fabiano de Abreu Agrela, o uso de redes sociais pode ser o principal fator para gerar sintomas similares ao TDAH na fase adulta e desencadear diagnósticos imprecisos.
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“Já é amplamente comprovado que há efeitos negativos no uso prolongado e excessivo de redes sociais no dia a dia, efeitos esses que podem ser muito similares ao TDAH, como hiperatividade, falta de foco, principalmente em atividades multitarefas, afetando também o funcionamento cognitivo, dificuldades em usar a inteligência emocional e desregulando a liberação de neurotransmissores”.
“Esse tipo de efeito pode ser confundido com TDAH, gerando diagnósticos equivocados, uma vez que o uso de redes sociais também afeta o desenvolvimento cognitivo e cerebral quando usadas durante a infância e adolescência, afetando a linguagem, escrita e gerando problemas comportamentais”, ressalta doutor Flávio H. Nascimento.
“Cada vez mais, a barreira entre o normal e o patológico tem ficado menor, por isso, é preciso se ater à técnica de diagnóstico para ter uma maior precisão e tratar a real causa do problema”, alerta.
Sobre o doutor Flávio H. Nascimento
Doutor Flávio Henrique é formado em Medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e mais de dez anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI, o que equivale a 98 de percentil, e é membro do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH) como pesquisador auxiliar.
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