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Tribunal eleitoral do AM desmente vídeo que apontou fraude nas eleições no interior do Estado
Vídeo viralizou nas redes sociais e mostra a indígena falando sobre uma fraude nas eleições presidenciais em Manicoré (AM). (Divulgação)
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08 de novembro de 2022
Da Revista Cenarium (*)
MANAUS – É falso o conteúdo de vídeo que circula no WhatsApp e em outras redes sociais sobre uma suposta fraude nas eleições presidenciais em Manicoré (AM), cidade a 330 km de Manaus. Uma mulher afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não teve nenhum voto na cidade, apesar de ter vários apoiadores no local. No entanto, Bolsonaro recebeu 8.056 votos no 2º turno das eleições no município, como mostra a página de apuração do Estadão. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 65,32% dos votos, contra 34,68% do adversário.
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) afirmou que o vídeo é uma peça de desinformação e reforçou que os números oficiais da votação na cidade estão disponíveis para conferência no portal da Justiça Eleitoral. O TRE-AM informou que recebe denúncias por meio do Sistema de Alerta de Desinformação, canal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No vídeo em questão, uma mulher aparece trajada com adereços indígenas e diz estar em Brasília (DF). Ela diz ter ocorrido fraude nas eleições presidenciais em Manicoré, mas não apresenta nenhuma prova e divulga dados falsos. “Eu estou nesse momento muito revoltada, […] 22 lá recebeu zero votos, […] e eu tenho vídeo da carreata, da motociata que fizeram para o 22 em Manicoré. […] A gente quer saber aonde tá o nosso voto, seu Alexandre de Moraes ladrão. Seu ladrão, seu ladrão. Você roubou o voto do Bolsonaro pra dar pro Lula, seu ladrão. […] Você vai dar um jeito de saber onde está o nosso voto”, diz ela.
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Não há qualquer prova de fraude nas eleições 2022. Observadores internacionais e o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgaram relatórios preliminares em que afirmam não ter encontrado nenhum problema na votação. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, declarou na última quinta-feira, 3, que “não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado, com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos que serão combatidos e os responsáveis por esses movimentos antidemocráticos serão apurados e responsabilizados com base na lei”.
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