Turismo: saiba como será a retomada pós-pandemia

Consultores e empresários do setor de turismo preveem que a retomada será lenta e gradual até mesma em turismo ecológico. (reprodução/ internet)

Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O turismo é um dos setores mais afetados pela pandemia. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FVG) estima que, somente no Brasil, este segmento deve ter perdas de mais de R$ 161 bilhões. Ao redor do mundo, regiões e países começam a reabrir seus negócios, mas o surto já mudou como agimos e viajamos. Neste cenário, fica uma dúvida sobre qual o futuro do setor de turismo.

Consultores e empresários do setor de turismo preveem que a retomada será lenta e gradual. A boa notícia é que ela deve começar ainda neste ano. Enquanto a temporada de férias de inverno já é considerada perdida, a partir de dezembro, com as férias de verão, muita gente deve voltar a viajar.

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Neste primeiro momento, a recuperação do turismo vai ser concentrada em destinos nacionais e de preferência de curta distância. Isso deve beneficiar as locadoras de veículos, como Localiza (RENT3), Unidas (LCAM3) e Movida (MOVI3), e as distribuidoras de combustíveis, BR Distribuidora (BRDT3) e Ipiranga, do Grupo Ultra (UGPA3).

Na parte de estadia, há quem diga que os hotéis levam vantagem em relação às plataformas de aluguéis como o Airbnb. Isso porque os hotéis conseguem adotar e fiscalizar medidas padronizadas de higiene, enquanto plataformas que alugam casas, não conseguem fazer o mesmo.

Se a atual pandemia estiver em patamares mais controlados, uma segunda fase da recuperação do turismo deve acontecer em meados do primeiro trimestre do próximo ano. Há uma expectativa de que as viagens domésticas de longa distância, que precisam de transporte aéreo, vejam uma retomada.

A grande questão que precisa ser resolvida é a garantia da segurança dos passageiros durante os voos. Fora do país, algumas companhias como Delta, American Airlines e United bloquearam seus assentos do meio para manter um espaçamento.

O problema é que essa é uma medida nada sustentável para os custos das empresas aéreas, sobretudo para as brasileiras, que possuem receita em reais e a maioria dos custos em dólar. Latam, Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) já enfrentam um cenário bastante desafiador. Na semana passada, a Latam Brasil entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

As viagens de negócios e eventos devem representar um terceiro momento de recuperação do setor de turismo. Mas a grande questão neste segmento é o quanto essa indústria vai voltar aos níveis pré-pandemia. Isso porque a onda de eventos e reuniões online parece ter vindo para ficar.

Por último, o turismo internacional vai depender dos protocolos sanitários adotados por cada país. A crise econômica mundial deve também contribuir negativamente para a recuperação desse mercado.

Em linhas gerais, um estudo da Fundação Getúlio Vargas estima que o turismo doméstico levará pelo menos 12 meses pra se recuperar do choque do Covid-19 enquanto o turismo internacional precisará de, pelo menos, 24 meses para voltar ao nível de 2019.

(*) Com informações do InfoMoney

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