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Ucrânia: Em Moscou, Macron diz a Putin que quer evitar guerra e construir confiança
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin (E), e da França, Emmanuel Macron, se reuniram em uma longa mesa branca em um salão do Kremlin, em 7 de fevereiro (Foto: Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP)
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07 de fevereiro de 2022
Com informações do Estadão
MOSCOU – O presidente da França, Emmanuel Macron, o principal líder ocidental a visitar Moscou desde que a Rússia começou a reunir tropas na fronteira com a Ucrânia, disse a Vladimir Putin no início das negociações no Kremlin nesta segunda-feira, 7, que seu objetivo é evitar a guerra e construir confiança.
Macron, que deve buscar a reeleição em abril, posicionou-se como um potencial mediador na Ucrânia com Paris expressando ceticismo sobre as previsões de Washington, Londres e outras capitais ocidentais de que um ataque russo deva acontecer em breve.
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O líder francês disse ao presidente russo que buscava uma solução útil, uma resposta que, segundo ele, permita evitar a guerra e construir confiança, estabilidade e visibilidade. Putin, por sua vez, disse que a Rússia e a França compartilham uma preocupação sobre “o que está acontecendo na esfera de segurança na Europa”.
“Nosso continente está hoje em uma situação muito crítica, o que nos obriga a ser extremamente responsáveis”, disse Macron, sentado em uma ponta de uma longa mesa branca em um salão do Kremlin, a vários metros de Putin.
“Vejo quantos esforços a atual liderança da França e o presidente está solicitando pessoalmente para resolver a crise relacionada ao fornecimento de segurança igual na Europa em uma perspectiva histórica séria”, disse Putin.
Macron, cujo país detém a presidência rotativa da União Europeia (UE), é o primeiro líder ocidental de alto nível a se encontrar com o presidente russo desde que as tensões aumentaram em dezembro. Na terça-feira, 8, ele se reunirá com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski.
Na véspera de sua viagem a Moscou, Macron disse ao Journal du Dimanche: “O objetivo geopolítico da Rússia hoje claramente não é a Ucrânia, mas esclarecer as regras de coabitação entre a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a União Europeia”.
Em sua chegada, Macron disse a repórteres: “Estou razoavelmente otimista, mas não acredito em milagres espontâneos”. O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, disse antes das negociações: “A situação é muito complexa para esperar avanços decisivos no decurso de uma reunião.”
Na próxima semana será a vez da visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, que se reúne nesta segunda-feira, 7, com o presidente americano, Joe Biden, em Washington, para buscar a unidade dos países ocidentais, confrontados com o mais importante conflito com a Rússia desde o fim da Guerra Fria.
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