Universidade Federal de Rondônia reserva vagas para pessoas trans, quilombolas e do campo

Fachada da Universidade Federal de Rondônia (Reprodução/Unir)
Daniela Castelo Branco – Da Revista Cenarium Amazônia

PORTO VELHO (RO) – A Universidade Federal de Rondônia (Unir) anunciou a abertura de vagas para pessoas trans (travestis, transexuais e transgêneros), quilombolas e do campo, a partir de 2024. As vagas serão disponibilizadas por meio de políticas de ações afirmativas.

A nova política votada no último mês também resultou na ampliação das vagas reservadas para indígenas e pessoas com deficiência. As vagas para as novas turmas serão distribuídas da seguinte forma:

– No mínimo 50% das vagas preenchidas por meio da lei de cotas,

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10% preenchidas por meio de ações afirmativas próprias, com até 40% das vagas destinadas à ampla concorrência.

Bandeira que representa a comunidade trans (Reprodução/Agência de Notícia da Aids)
Novas políticas

No processo seletivo de 2024, deve ocorrer a transição entre a política atual e a nova, e haverá a utilização exclusiva das notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para 2025, as vagas garantidas por meio de ações afirmativas passarão por um processo seletivo específico. Pode ocorrer a possibilidade de se aplicar uma redação em conformidade com o curso desejado e o grupo social especificado.

Uma grande novidade para o próximo ano, que a Unir implantará, é a bonificação regional: os candidatos que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas públicas de Rondônia terão suas notas acrescidas em 18%.

Ainda de acordo com a estruturação da nova política na instituição, é determinante que exista comissões de heteroidentificação (análise fenotípica do candidato autodeclarado preto ou pardo, a ser realizada por meio de vídeo ou fotografia submetidos pelo candidato no momento da solicitação de matrícula).

A nova política também determina que haja comissões de heteroidentificação para verificação dos candidatos que optarem pelas cotas ou ações afirmativas, sendo que cada uma delas representantes externos desses públicos.

Leia também: MPU institui sistema de cotas para inclusão de pessoas transgênero em concursos públicos

Edição: Eduardo Figueiredo

Revisão: Gustavo Gilona

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