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Vídeo: equipe da TV Cultura do Pará é agredida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro
O repórter Diogo Pugét e o cinegrafista Carlos Augusto ainda foram ameaçados (Reprodução/Internet)
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25 de abril de 2021
Matheus Pereira – Da Revista Cenarium
MANAUS – Durante a passagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), uma equipe da TV Cultura do Pará foi agredida no último sábado, 24, enquanto gravava uma reportagem sobre os compromissos presidenciais. Na ocasião, o repórter Diogo Pugét e o cinegrafista Carlos Augusto ainda foram ameaçados por apoiadores do presidente e obrigados a deixar a base aérea da cidade, onde faziam os trabalhos jornalísticos.
Em um vídeo divulgado, Diogo aparece sendo empurrado, enquanto tentava dialogar com um dos apoiadores de Bolsonaro. Em meio aos manifestantes, a equipe da Cultura precisou ainda ser escoltada por policiais militares até o carro, a fim de evitar agressões.
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Em nota lida no Jornal da Cultura do sábado, a emissora prestou solidariedade aos funcionários agredidos e toda equipe da TV Cultura do Pará. “A Rede Cultura tem se pautado pela equidistância no atual cenário de polarização política, como mostrou o próprio presidente Jair Bolsonaro, que na sexta-feira deu longa entrevista à afiliada da TV Cultura em Manaus, a TV A Crítica. Nossa solidariedade se estende a todos os jornalistas agredidos no exercício da profissão”.
Durante a passagem de Bolsonaro por Manaus, apoiadores e opositores do presidente realizaram manifestações nas imediações do Centro de Convenções Vasco Vásquez (CCVV), onde estava o chefe do executivo federal. Em um momento em que os dois grupos se encontraram houve um princípio de confusão e a Polícia Militar do Amazonas precisou intervir para evitar um transtorno maior.
Agressão a jornalistas
De acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em 2019, o Brasil registrou 208 ataques a veículos de comunicação e jornalistas, um aumento de 54% em relação a 2018. Desses, 114 casos foram de descredibilização da imprensa e 94 de agressões diretas a profissionais. Sozinho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi responsável por 58% desses ataques, chegando a 121 casos.
Em 2019, a descredibilização da imprensa se tornou a principal forma de ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e foi incluída no relatório diante da institucionalização da prática por meio das falas e discursos do presidente da República. De acordo com o relatório da Fenaj, é a postura do presidente da República que mostra que a liberdade de imprensa está ameaçada.
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