19 capitais do País superam 90% de lotação nas UTIs por Covid-19

Segundo ele, a transmissão está sendo impulsionada pela "confusão, negligência e inconstância nas medidas de saúde pública" (Reprodução/Governo do Ceará)

Com informações da Folha de S.Paulo

BRASÍLIA – Mesmo com o esforço de se criar novos leitos na última semana, 19 capitais brasileiras estão com mais de 90% de UTIs públicas ocupadas para casos críticos de pacientes com Covid-19, segundo levantamento da Folha com dados dessa segunda-feira, 22. Belo Horizonte, Curitiba e, pela quarta semana seguida, Porto Alegre e Porto Velho são as capitais com 100% de ocupação ou mais, com o excedente de pacientes graves em leitos improvisados nos moldes de UTI.

Governos estadual, federal e prefeituras implementaram 1.275 novas UTIs nas capitais na última semana, mas, ainda assim, avança a demanda por internações em todo o País. Em números absolutos, Fortaleza foi a que mais ampliou a oferta de vagas, com 394 novas UTIs entre 15 e 22 de março. Ainda assim, a taxa de ocupação de leitos saltou de 90% para 95%.

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O Estado de São Paulo e a capital paulista se aproximam do colapso. Na segunda, 22, em 60 cidades paulistas não havia vagas para tratamento intensivo. A taxa de ocupação alcançou 91,2%, em 15 de março, era de 89%. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, houve um aumento de 110% no número de internações em relação a 22 de fevereiro. De lá para cá, o Estado ativou mais de 3.400 leitos de UTI.

Em Minas Gerais, que chegou a anunciar fase roxa para forçar o distanciamento social, a ocupação de UTIs da Covid-19 na rede pública é de 92,9% —considerando o total de leitos de UTI SUS, é de 86,5%. Belo Horizonte, que expandiu leitos, atingiu pela primeira vez ocupação de 100% na UTI SUS para Covid-19. Somado a leitos da rede privada, a ocupação na capital mineira chega a 107%.

Na segunda, o governador Romeu Zema (Novo) recebeu uma doação de ventiladores mecânicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e anunciou abertura de 100 leitos de UTI. O aumento expressivo de casos também fez com que o governo colocasse o Hospital Júlia Kubitschek em atendimento exclusivo para casos do coronavírus.

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