AC tem maior crescimento de desemprego no Norte, em quase dez anos; RR teve redução

(Amanda Perobelli/ Reuters)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A taxa de desemprego e desalento no Acre, no terceiro trimestre, teve aumento de 6,4% em nove anos, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 2014, a taxa do terceiro trimestre estava em 9,2% no Estado. Já em 2022, a porcentagem chegou a 15,6%. O departamento considerou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, a desocupação, ou desemprego, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. O desalentado é a pessoa que gostaria de trabalhar, mas que desistiu de procurar emprego por achar que não encontraria.

O levantamento do Dieese comparou dados do terceiro trimestre de 2022 com os do mesmo período de 2014. O Acre teve o maior aumento do desemprego entre os Estados do Norte do País (Acre, Amazonas, Amapá, Tocantins, Pará e Roraima e Rondônia). Já Roraima, foi o único que teve redução no período pesquisado: em 2014, era 8,8% e, em 2022, 7,9%.

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Rendimento médio

O Dieese também comparou o rendimento médio real por hora do ocupado. Houve consideráveis reduções no valor em três Estados: Amapá, Roraima e Amazonas. Os outros, ocorreu aumento no rendimento médio.

No Amapá, no terceiro trimestre de 2014, um trabalhador recebia por hora, em média, R$ 16,26. No ano passado, o valor reduziu para R$ 14,32. Em Roraima, há quase dez anos, o recebimento médio era de R$ 18,03 e passou para R$ 14,10 — o menor valor da Região Norte. Já no Amazonas, no terceiro trimestre do ano passado, o rendimento médio real por hora do trabalhador chegou a R$ 12,8.

Veja os números abaixo:

Desocupação no Brasil

A nível nacional, a taxa de desocupação e desalento era de 8,2%, no terceiro trimestre de 2014, e subiu para 12,1%. O rendimento médio real por hora era R$ 16,67, em 2014, e caiu para R$ 16,39.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de trabalho brasileiro superou, ao final de 2022, o patamar pré-pandemia. A taxa média de desemprego no ano foi de 9,3%, o menor patamar desde 2015. No quarto trimestre, encerrado em dezembro, a taxa recuou para 7,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

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