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‘Acampamento Terra Livre’: mobilização virtual celebra resistência e luta no Abril Indígena
As atividades estão sendo transmitidas pelos canais oficiais da Apib, pelas páginas do Facebook da Mídia Ninja, da Mídia Índia e nas redes das organizações de base (Divulgação)
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13 de abril de 2021
Matheus Pereira – Da Revista Cenarium
MANAUS – Nesta semana, entre os dias 12 e 18 de abril, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) realiza a Semana 2 – Vidas Indígenas Importam da 17ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL2021), programação que faz parte do Abril Indígena e vai até o dia 30 de abril. Com o tema ‘A nossa luta ainda é pela vida. Não é apenas um vírus!, a iniciativa busca discutir propostas, buscar soluções e cobrar ações em favor dos povos indígenas.
O Abril Indígena é uma das principais referências de mobilização popular nos tempos democráticos. A maior mobilização do movimento indígena, que tradicionalmente ocupa Brasília para reivindicar os direitos garantidos na Constituição de 1988. “Em 2020, fomos o primeiro grande movimento a realizar uma programação inteira virtualmente no contexto da pandemia de Covid-19. Continuaremos a ser a vanguarda dos movimentos sociais no combate à agenda de morte do atual governo”, aponta a articulação em seus canais oficiais.
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As atividades estão sendo transmitidas pelos canais oficiais da Apib, pelas páginas do Facebook da Mídia Ninja, da Mídia Índia e nas redes das organizações de base.
No primeiro dia da semana, intitulada Semana Awa Rokawydju, as discussões foram sobre tecnologias indígenas e sobre a juventude e a transição e transmissão de conhecimentos, que contaram com a participação de representantes da comissão Guarani Yvy rupa (CGY) e da Grande Assembleia Guarani Kaiowá, Aty Guasu.
Nesta terça-feira, 13, as discussões abordarão temas como o protagonismo feminino, a política indigenista e o direito à terra dos povos indígenas com representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Puc Minas).
Confira a programação dos próximos dias
A programação do ATL 2021 segue até o dia 30 de abril com mais de 60 atividades online. Cada uma das quatro semanas de ações possuem temas diferentes, que pautam a programação. Durante as semanas foram e serão discutidos temas como a vacinação dos indígenas que vivem no Brasil, protagonismo das mulheres indígenas, participação dos povos nas eleições e espaços de poder, mineração, saúde indígena e a proteção dos povos isolados.
Abril Indígena
Em seus canais oficiais, a Apib aponta que os povos indígenas tiveram o pior março de suas vidas e, por isso, trazem “o abril de maior mobilização das nossas lutas.” De acordo com a articulação, foram mais de 1 mil mortes por Covid-19 no mês. “Sentimos a dor da perda de nossos velhos. Mas nós, povos indígenas, também temos ao nosso lado a força dos ancestrais.”
Ao longo do último ano as representações indígenas se uniram a especialistas, pesquisadores e profissionais das mais diversas áreas, mas sobretudo, voltaram às aldeias, às terras indígenas, e falaram com os ancestrais, para discutir propostas, buscar soluções e cobrar ações. “Em um mundo doente e enfrentando um projeto de morte, nossa luta ainda é pela vida”, finaliza.
A Apib
A Apib foi criada pelo Acampamento Terra Livre (ATL) de 2005, a mobilização nacional que é realizado todo ano, a partir de 2004, para tornar visível a situação dos direitos indígenas e reivindicar do Estado brasileiro o atendimento das demandas e reivindicações dos povos indígenas.
A articulação é uma instância de aglutinação e referência nacional do movimento indígena no Brasil, que nasceu com o propósito de fortalecer a união dos povos indígenas, a articulação entre as diferentes regiões e organizações indígenas do País, unificar as lutas dos povos indígenas, a pauta de reivindicações e demandas e a política do movimento indígena e mobilizar os povos e organizações indígenas do País contra as ameaças e agressões aos direitos indígenas.
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