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Advogado de suspeitos de matar ambientalista em SP quer contestar laudo do IML
Da esquerda para a direita, os suspeitos presos pela morte de Ferrugem: Mikaelly da Silva Moreno, 19, Katielle Souza Santos, 28, Vithorio Alax Silva Santos, 23, e Mauricius da Silva, 23 - Polícia Civil/Divulgação
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27 de agosto de 2022
Com informações da Folha de S.Paulo
SÃO PAULO – A defesa dos quatro pessoas presas sob suspeita de matar Adolfo Souza Duarte, de 41 anos, diz que pretende contestar o laudo que aponta que ele possivelmente foi vítima de homicídio. Ferrugem, como o ambientalista era conhecido, morreu no dia 1° deste mês na represa Billings, na zona Sul de São Paulo.
O exame necroscópico realizado pelo IML (Instituto Médico-Legal) indicou que ele morreu por asfixia mecânica, sem qualquer sinal de afogamento. Há a possibilidade, ainda segundo o laudo, de que tenha sido aplicada uma gravata nele, conforme lesões observadas no pescoço e no tórax.
Além disso, considerando as lesões da vítima e as lesões que os suspeitos apresentam, o laudo aponta que “houve embate físico”.
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A delegada Jakelline Barros, do 101° DP (Jardim das Imbuias), disse que os peritos também identificaram uma discreta hemorragia no crânio da vítima. À reportagem, ela afirmou que Ferrugem pode ter sido jogado na água quando já estava morto.
A contestação do laudo foi informada na tarde desta sexta-feira, 26, pelo advogado André Nino, que defende Vithorio Alax Silva Santos, de 23 anos, Mauricius da Silva, de 23 anos, Katielle Souza Santos, de 28 anos, e Mikaelly da Silva Souza Moreno, de 19 anos.
Desde o dia do sumiço de Ferrugem, o quarteto mantém a mesma versão, de que ele caiu da embarcação após um solavanco. Eles também negam que tenha ocorrido conflitos com Ferrugem durante o passeio.
“A gente vai contestar, porque a metodologia que a perita usou, a nosso ver, não é adequada. Tem casos, e a gente já está procurando, de pessoas que morreram afogadas e não tinham água no pulmão”, afirmou Nino.
O advogado disse estar seguro de que os jovens não cometeram o crime, devido ao biótipo deles em comparação ao da vítima.
“O cara era muito forte, aqueles meninos não iam conseguir pegar ele”, afirmou Nino, acrescentando que não haver motivo para o crime. “Eles bêbados, e o cara forte daquele jeito, como eles iriam matar aquele rapaz? Não tem condições.”
Os quatro foram presos na última quarta-feira, 24, após a Justiça acatar pedido da delegada, que usou como base o laudo produzido pelo IML.
A prisão deles é temporária, válida por 30 dias, que pode ser prorrogada pelo mesmo período, caso seja aceita pelo Poder Judiciário.
Antes, a morte de Ferrugem era tratada como homicídio culposo, sem intenção de matar.
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