Além de Alexandre Pires, preso por garimpo gerencia carreira de outros famosos

Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – O empresário do cantor Alexandre Pires, Matheus Possebon, é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos responsáveis por cuidar das finanças de um esquema de garimpo na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O empresário e o cantor foram detidos pela PF durante a operação Disco de Ouro, nessa segunda-feira, 4.

O cantor e o empresário são investigados por suspeita de integrarem um esquema que movimentou R$ 250 milhões com a exploração de cassiterita, extraído do território Yanomami.  Matheus Possebon integra o quadro de executivos da Opus Entretenimento, empresa responsável pelo gerenciamento da carreira de nomes famosos da música brasileira, como Daniel, Seu Jorge, Ana Carolina, entre outros.

As investigações apontam que as transações financeiras englobam toda a cadeia logística de garimpo, envolvendo pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de equipamentos para mineração e “laranjas”, pessoas que servem como fachada para ocultar atividades financeiras ilícitas.

Alexandre Pires teria recebido R$ 1 milhão de uma mineradora investigada por atuações ilegais com garimpo. Ele foi conduzido à sede da PF em Santos (SP), ouvido e liberado.

Após a operação da Polícia Federal, a equipe do cantor Alexandre Pires modificou sua biografia nas redes sociais, removendo a menção ao nome do empresário Matheus Possebon.

A Justiça bloqueou mais de R$ 130 milhões pertencentes aos suspeitos. Os agentes da PF cumpriram dois mandados de prisão, seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).

As assessorias de Alexandre Pires e Matheus Possebon não se pronunciaram sobre o assunto.

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