Alertas de desmatamento na Amazônia caem 68% em abril

Árvore centenária da Amazônia Brasileira (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram queda de 67,9%, em abril deste ano, em comparação ao mesmo mês de 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados na sexta-feira, 12.

Foram identificados 329 quilômetros quadrados com indícios de desmatamento, a menor taxa dos últimos três anos, de acordo com o Greenpeace. Em abril de 2022, os alertas ultrapassaram mil quilômetros quadrados, de acordo com a organização.

Em janeiro e fevereiro de 2023, os alertas somaram 489 quilômetros quadrados, conforme o Inpe.

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Os Estados com o maior número de registros de desmatamento, em abril, foram Amazonas, Pará e Mato Grosso.

Para especialistas, o dado é uma boa sinalização, porém, ainda não se pode afirmar que há uma tendência de redução da derrubada da floresta tropical.

Entre os fatores que podem explicar a queda estão ações adotadas pelo governo federal, como combate ao garimpo ilegal, exploração de madeira e aumento da fiscalização, com aplicação de multas e embargo de áreas, e também a cobertura de nuvens.

“É muito importante ter um trabalho integrado entre diversos órgãos, atuando no comando e controle no chão da floresta. Mas é preciso promover inovações tecnológicas, legais e infralegais, considerando que a destruição da floresta, hoje, é operacionalizada por meios tecnológicos inovadores. Além disso, é preciso atuar, diretamente, na fiscalização de instituições financeiras que têm coparticipação direta no aumento do desmatamento”, ressalta o porta-voz de Amazônia, do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista.

O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, faz um levantamento rápido de alertas, que mostra indicativos de mudanças na cobertura florestal, na Amazônia, desde 2004, a partir de imagens de satélite. O objetivo é apontar onde está ocorrendo o desmatamento para apoiar os agentes de fiscalização. O tamanho da área desmatada é medido por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), com divulgação anual.

(*) Com informações da Agência Brasil
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