Alexandre de Moraes manda campanha de Lula remover conteúdo que associa Bolsonaro à pedofilia

Inquéritos que investigam os atos estão sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes (Fellipe Sampaio/SCO/STF)
Com informações do Estadão

MANAUS – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou neste domingo, 16, a remoção, por parte da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de vídeos em que a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que “pintou um clima” entre ele e adolescentes venezuelanas é associada à pedofilia.

Moraes também determinou que a campanha de Lula deve se abster de “promover novas manifestações” imputando a Bolsonaro declarações pedófilas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Citando uma publicação feita pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), Moraes diz que o conteúdo veiculado pela petista sobre a fala de Bolsonaro “se descola da realidade, por meio de inverdades, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes de falas gravemente descontextualizadas do Representante, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, diante da autoria de fato grave (pedofilia)”.

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“Uma vez apresentado o recorte do vídeo pela Representada [Gleisi], a #bolsonaropedofilo foi prontamente elevada à condição de primeira colocada na rede social, o que comprova a ampla dimensão do conteúdo impugnado”.

Em seguida, Moraes afirma que a divulgação de fato “sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa, na linha da jurisprudência desta Corte, segundo a qual a configuração do ilícito pressupõe ‘ato que, desqualificando pré-candidato, venha a macular sua honra ou a imagem ou divulgue fato sabidamente inverídico'”.

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