Amazônia Legal: em março, Rondônia perdeu 2,2 mil hectares de floresta nativa, aponta Imazon

Segundo os dados do Imazon, a destruição na Floresta Amazônica praticamente triplicou em março (Marcio Isensee/Shutterstock.com)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS –  Somente no mês de março deste ano, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou que o Estado de Rondônia perdeu 2,2 mil hectares de floresta nativa. Com um aumento de 450% maior do que o registrado no mesmo período do último ano, a região perde apenas para o Amazonas, que passou de 12 quilômetros quadrados (km²), em março de 2022, para 104 km² em março de 2023, uma alta de 767%. Os dados do relatório foram divulgados pelo Imazon na última quinta-feira, 20.

De acordo com o relatório, Rondônia também apresenta dados negativos em relação às Unidades de Conservação (UCs). Conforme monitoramento, dentre as 10 mais desmatadas de toda a Amazônia Legal, quatro estão localizadas em Rondônia.

Trecho do relatório sobre o desmatamento na Amazônia (Reprodução/Imazon)

Reserva Extrativista Jaci Paraná teve 200 hectares destruídos, a Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá apresentou 100 hectares devastados. Em seguida, vem o Parque Estadual de Guajará-Mirim, com 40 hectares de floresta perdida e a Reserva Extrativista Angelim, com 30 hectares de floresta a menos. Somadas, as unidades de conservação, situadas no Estado de Rondônia, perderam uma área correspondente a 370 campos de futebol.

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Desmatamento na Amazônia quase triplica

Segundo o relatório do Imazon, a destruição na Floresta Amazônica praticamente triplicou em março. Os dados obtidos fizeram com que o primeiro trimestre de 2023 encerrasse como a segunda maior área desmatada em pelo menos 16 anos.

O monitoramento por imagens de satélite do Imazon, implantado em 2008, aponta que foram derrubados 867km² nos três primeiros meses deste ano. Área que equivale à perda de quase mil campos de futebol por dia de mata nativa. Essa destruição só não foi maior do que a registrada em 2021, quando foram postos abaixo 1.185km² de floresta, de janeiro a março”, consta o monitoramento.

O primeiro trimestre de 2023 fechou com a segunda maior área desmatada em pelo menos 16 anos (Edilson Dantas/O Globo)

Dos nove Estados que integram a Amazônia Legal, oito tiveram aumento no desmatamento, no mês passado: Amazonas (30%), Pará (27%), Mato Grosso (25%), Roraima (8%), Rondônia (6%), Maranhão (3%) e Acre (1%), uma destruição foi de 344km². “Tocantins, cuja derrubada da floresta não foi detectada, em março do ano passado, registrou, neste ano, destruições de 3km² e 1km²” destaca o texto.

Em março, oito dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal apresentaram aumento no desmatamento, com exceção do Amapá. Com isso, 42% do desmatamento previsto pela plataforma PrevisIA, para o período de agosto de 2022 a junho de 2023, de 11.805km², já ocorreu“.

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