‘Amigue’ e ‘todes’: STF analisa linguagem neutra debatida por educadores e alvo de conservadores

Brune Medeiros, de 23 anos, explica o conceito da linguagem neutra a alunos do 2º e 3º anos do ensino médio (Foto: Guito Ribeiro / O Globo)

Com informações do Infoglobo

RIO E BRASÍLIA – Assim que o tema chegou às salas e aulas pela curiosidade dos estudantes, e antes mesmo que as escolas pudessem discutir a melhor forma de abordar a questão, uma onda de projetos contra o uso de linguagem neutra tomou conta de casas legislativas de Estados e municípios do País.

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa um pedido feito por professores para que não haja interferência externa nos debates acadêmicos, que já teve parecer favorável do ministro Édson Fachin, entidades e pessoas ligadas à causa LGBT levantam a bandeira da inclusão, porque o dialeto que adotou o “todes” no lugar de “todos” já é uma realidade entre jovens não binários.

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Para especialistas, a língua portuguesa não sofre ameaça e a possibilidade de inclusão pela linguagem não pode ser ignorada. A tese é defendida na ação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) apresentada no Supremo contra um projeto do governo de Rondônia, que proíbe o tema nas unidades de ensino, e pode vir a orientar a forma como ele passará a ser tratado daqui para frente.

O Supremo analisa ação que visa a impedir proibição do tema em unidades de ensino de Rondônia e pode servir para orientar impasses semelhantes em outros Estados do País. Ministro Édson Fachin já votou a favor da inclusão.

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