Anvisa concede registro à nova injeção para controle do colesterol

Enfermeira segura uma ampola de medicamento (Reprodução/Freepik)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro para a Sybrava, um novo medicamento injetável fabricado pela Novartis e usado no controle do colesterol. A autorização ocorreu no último dia 19 de junho.

O fármaco agora passa para a CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão responsável por definir os preços máximos que remédios podem ter no País.

A Sybrava tem a inclisirana como princípio ativo. Essa substância impede a produção da proteína PCSK9 que, por sua vez, tem relação com níveis de colesterol ruim. Por isso, a inclisirana também controla os índices de colesterol no organismo.

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O medicamento consiste em uma injeção aplicada sob a pele do abdômen por um médico ou outro profissional da saúde. Após três meses, uma segunda dose é injetada, e as consecutivas são feitas a cada seis meses.

A bula da Sybrava informa que é necessário fazer uma dieta para baixar o nível de colesterol antes de tomar as injeções. Também se recomenda a utilização de outros remédios usados para tratar colesterol – por exemplo, a estatina. Ambas as medidas devem ser mantidas enquanto são feitas as aplicações de Sybrava.

Novo medicamento aprovado pela Anvisa para tratamento de colesterol alto consiste em uma injeção subcutânea no abdômen (Mathilde Missioneiro/6.out.2022/Folhapress)

Menores de 18 anos não devem tomar o medicamento. Pessoas alérgicas a algum dos componentes também devem evitar o fármaco. Por isso, é importante consultar a bula para observar a composição. Para mulheres grávidas ou que estão amamentando, a Sybrava até pode ser utilizada, mas é preciso haver orientação de um profissional de saúde para tal.

Fora do País, a inclisiran já recebeu autorizações por agências regulatórias internacionais. A Novartis divulgou em dezembro de 2020 que o produto — chamado de Leqvio em outros países — foi autorizado para a União Europeia. Um ano após, em dezembro de 2021, foi o FDA, agência que regula medicamentos e alimentos nos EUA, que concedeu a aprovação.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, em abril de 2020, investigou o efeito da substância no controle do colesterol ruim. Com grupos definidos entre placebo e experimental, os autores concluíram que houve uma queda de cerca de 50% entre os participantes com uso da inclisirana.

Eles também mencionaram que houve uma maior quantidade de efeitos colaterais entre os que utilizaram o medicamento. Na bula brasileira, é dito que o fármaco pode causar reações no local da injeção, como dores e vermelhidão, em uma frequência média de 10%.

Mesmo assim, é indicado que eventos mais sérios podem ocorrer por ser um medicamento novo. Procurar ajuda médica e informar o uso do remédio é recomendado nessas situações.

Leia também: Colesterol em crianças: conheça os riscos e saiba como evitar
(*) Com informações da Folhapress
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