Após atacar umbandistas, pastor Felippe Valadão terá que prestar depoimento em delegacia do RJ

A informação foi confirmada por meio de nota oficial da Polícia Civil do Rio (Reprodução/Internet)
Com informações do UOL

RIO DE JANEIRO – Após atacar religiões de matrizes africanas, durante um evento oficial de celebração do aniversário de Itaboraí, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, o pastor Felippe Valadão terá que prestar depoimento na 71° delegacia de polícia da cidade. A informação foi confirmada por meio de nota oficial da Polícia Civil do Rio.

“O fato foi comunicado na 71ª DP (Itaboraí). Todos os envolvidos serão chamados para prestar depoimento na delegacia. Os agentes também vão analisar as imagens para elucidar o caso”, afirma a nota.

“Se prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade”, disse o pastor da igreja Lagoinha, durante o evento da última quinta-feira, 19. “De ontem para hoje, tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí, o tempo da bagunça espiritual acabou, meu filho. A igreja está na rua! A igreja está de pé! A igreja está de pé!”, declarou Valadão.

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A fala do pastor foi acompanhada pelo público do evento e também transmitida ao vivo pela Prefeitura de Itaboraí.

Intolerância

A Prefeitura de Itaboraí informou em nota que “as declarações dos convidados e artistas para as apresentações são de inteira responsabilidade deles”. “A prefeitura destaca, ainda, que o governo é para todos e reitera que não apoia nenhum tipo de intolerância religiosa”.

O deputado Átila Nunes (MDB), relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), informou que acionará o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que seja investigado se o evento foi financiado com dinheiro público.

“Os terreiros de Itaboraí precisam de segurança. Vou pedir ao governador para reforçar o policiamento na região, considerando as ameaças feitas pelo autointitulado pastor Felippe Valadão, numa festa patrocinada pela prefeitura, contra os religiosos da umbanda e do candomblé”, disse o deputado no Facebook.

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