“É fundamental um controle mais rígido da entrada de pessoas, não somente na unidade, com a presença de patrulhamento policial ao seu redor, em razão da circulação constante de não indígenas no local, como taxistas e outros (necessário disponibilizar transporte para as pessoas acolhidas na Casai)”, diz a associação em nota nas redes sociais.
PUBLICIDADE
Na última segunda-feira, 18, uma menina foi embriagada e estuprada nas proximidades da casa de apoio. Quatro suspeitos, sendo dois adultos de 20 e 21 anos e dois adolescentes de 15 e 17 anos, foram encontrados ao redor da vítima. Os homens foram presos e os adolescentes apreendidos.
Segundo o Governo de Roraima, um deles confessou o estupro coletivo. Ele afirmou que os quatro embriagaram e depois violentaram a criança. Além do abuso sexual, a menina sofreu lesões corporais. Segundo o Hospital da Criança Santo Antônio, onde a menina foi atendida em Boa Vista, o quadro de saúde é estável.
Apoio
A Casai é um espaço de apoio para os indígenas que precisam deslocar-se para a capital para realizarem tratamentos de saúde que não estão disponíveis próximo de suas comunidades. Geralmente, esses indígenas vêm com suas famílias e, em alguns casos, ficam alojados por semanas e até meses, o que tem provocado superlotação na unidade.
A superlotação na Casai é reflexo de um problema que começa nas comunidades indígenas, onde o acesso aos serviços de saúde é limitado à atenção básica. Consultas especializadas e exames não são disponibilizados próximos às comunidades, obrigando a remoção destes indígenas para a capital.
Dados
Roraima tem a maior taxa de casos de estupro e de estupro de vulnerável, por habitante, entre os Estados, com 114,1% para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o 16° Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em julho deste ano. Os dados são referentes aos registros de 2022. O Estado também é o primeiro no ranking de tentativa de estupro e estupro de vulnerável.
Em números absolutos, em 2022, foram 726 casos de estupro e estupro de vulnerável, uma média de quase dois registros por dia. Em um ano, foram 173 casos a mais do que em 2021, quando tiveram 553 vítimas.
Além disso, Roraima foi o segundo Estado com o maior aumento no número de casos, em um ano, com um percentual de 28,1%, e ficou atrás, apenas, do Amazonas, que passou de 603 para 836, um aumento de 37,3%. A taxa de Roraima é maior que a nacional: no Brasil, essa taxa foi de 36,9% por 100 mil habitantes.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.