Após fotos ‘descoladas’ de turistas, Auschwitz pede respeito à memória das vítimas do Holocausto

Criado em 1940 pela Alemanha nazista na Polônia ocupada, a princípio, para abrigar prisioneiros políticos poloneses, Auschwitz se tornou o maior dos centros de extermínio do mundo (Reprodução/Internet)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – Ao se manifestar sobre uma fotografia publicada nas redes sociais apontada como ofensiva, o Memorial de Auschwitz pediu a seus visitantes respeito pela memória das vítimas do Holocausto.

Na imagem, uma mulher com óculos escuros sorri com pose descontraída, sentada sobre os trilhos que levam à entrada do antigo campo de concentração na Polônia. Perto dela, um homem de cócoras retrata a cena com o celular. O momento registrado por uma jornalista britânica provocou indignação.

Mulher posa para foto em frente ao antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polônia
Mulher posa para foto em frente ao antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polônia (@MariaRMGBNews/Twitter)

“Hoje, tive uma das experiências mais angustiantes da minha vida. Lamentavelmente, parece que nem todo mundo a achou tão comovente”, escreveu a jornalista identificada como Maria nas redes sociais.

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Criado em 1940 pela Alemanha nazista na Polônia ocupada, a princípio, para abrigar prisioneiros políticos poloneses, Auschwitz se tornou o maior dos centros de extermínio em que foi colocado em prática o plano do ditador Adolf Hitler de matar todos os judeus — a chamada “Solução Final”.

Dos 6 milhões de judeus mortos no processo, cerca de 1 milhão foi assassinado no local. Ao comentar a fotografia publicada pela jornalista britânica, o Memorial de Auschwitz cobrou respeito. “As imagens podem ter um imenso valor emocional e documental para os visitantes. As imagens nos ajudam a lembrar. Ao chegar a Auschwitz, os visitantes devem ter em mente que entram no local autêntico do antigo campo onde mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas. Respeite a memória deles.”

Não é a primeira vez que o memorial se manifesta sobre o comportamento de turistas. Em 2019, a instituição reuniu várias fotos de pessoas se equilibrando nos trilhos do antigo campo de concentração.

“Existem lugares melhores para aprender a andar sobre uma trave de equilíbrio do que o local que simboliza a deportação de centenas de milhares para a morte.”

Leia também: Vítimas do Holocausto serão homenageadas em sessão especial do Senado
(*) Com informações da Folhapress
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