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Após fotos ‘descoladas’ de turistas, Auschwitz pede respeito à memória das vítimas do Holocausto
Criado em 1940 pela Alemanha nazista na Polônia ocupada, a princípio, para abrigar prisioneiros políticos poloneses, Auschwitz se tornou o maior dos centros de extermínio do mundo (Reprodução/Internet)
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18 de abril de 2023
Da Revista Cenarium*
SÃO PAULO – Ao se manifestar sobre uma fotografia publicada nas redes sociais apontada como ofensiva, o Memorial de Auschwitz pediu a seus visitantes respeito pela memória das vítimas do Holocausto.
Na imagem, uma mulher com óculos escuros sorri com pose descontraída, sentada sobre os trilhos que levam à entrada do antigo campo de concentração na Polônia. Perto dela, um homem de cócoras retrata a cena com o celular. O momento registrado por uma jornalista britânica provocou indignação.
“Hoje, tive uma das experiências mais angustiantes da minha vida. Lamentavelmente, parece que nem todo mundo a achou tão comovente”, escreveu a jornalista identificada como Maria nas redes sociais.
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Criado em 1940 pela Alemanha nazista na Polônia ocupada, a princípio, para abrigar prisioneiros políticos poloneses, Auschwitz se tornou o maior dos centros de extermínio em que foi colocado em prática o plano do ditador Adolf Hitler de matar todos os judeus — a chamada “Solução Final”.
Dos 6 milhões de judeus mortos no processo, cerca de 1 milhão foi assassinado no local. Ao comentar a fotografia publicada pela jornalista britânica, o Memorial de Auschwitz cobrou respeito. “As imagens podem ter um imenso valor emocional e documental para os visitantes. As imagens nos ajudam a lembrar. Ao chegar a Auschwitz, os visitantes devem ter em mente que entram no local autêntico do antigo campo onde mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas. Respeite a memória deles.”
Não é a primeira vez que o memorial se manifesta sobre o comportamento de turistas. Em 2019, a instituição reuniu várias fotos de pessoas se equilibrando nos trilhos do antigo campo de concentração.
“Existem lugares melhores para aprender a andar sobre uma trave de equilíbrio do que o local que simboliza a deportação de centenas de milhares para a morte.”
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