Da Revista Cenarium*
MANAUS – Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto pediu para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não faça distinção de reitores e que foque no trabalho em prol da educação brasileira. A declaração acontece após o presidente Jair Bolsonaro revogar, nesta sexta-feira, 12, a MP 979, que dava ao ministro a prerrogativa de designar reitores e vice-reitores temporários das instituições federais de ensino durante a pandemia de Covid-19.
“O ministro tem que entender que não tem direita, não tem esquerda, não tem centro, o que tem é aquele que ganhou com os votos e que deve ser empossado livremente. Nada de o ministro indicar gente que pense como ele, pois ele queria um monte de Weintraubzinhos mandando nas universidades, ele não tem esse direito”, defendeu Arthur Neto.
Arthur comparou a medida aos tempos da ditadura militar, quando cargos políticos eram feitos por indicação e não pelo voto direto. “Essa ideia não vinga, não passa pela sociedade, não passa pelo Congresso, não deve passar por ninguém. Ele [Weintraub] está propondo um retrocesso com reitores biônicos, isso foi feito na época da ditadura e não podemos deixar que aconteça novamente. Vamos continuar lutando para defender a democracia”, ressaltou Virgílio.
Aos olhos do prefeito de Manaus, o senador Davi Alcolumbre agiu de maneira correta, uma vez que, segundo Arthur Neto, a MP era um “ataque à democracia brasileira. Procure ouvir sem distinção e ganhará o respeito de volta por mérito. O que se espera de um ministro da Educação é que ele eduque e ao indicar reitores biônicos está deseducando, esse não é o seu papel. Fora da democracia não há salvação”.
A proposta foi considerada inconstitucional pelo Senado.
(*) Com informações da assessoria
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