Bolsonaro e Lula no 2° turno faz dólar cair 3%; Ibovespa sobe quase 4%

Lula e Bolsonaro (Divulgação)
Com informações da Folhapress

MANAUS – O mercado financeiro doméstico reagia de forma positiva nesta segunda-feira, 3, ao desempenho melhor do que o esperado do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições deste domingo, 2.

Além de considerar a possibilidade de reeleição do candidato de agenda econômica percebida por investidores como mais liberal, investidores também avaliam que o resultado apertado da votação —Lula ficou com 48,4% dos votos válidos, contra 43,2% de Bolsonaro— levará o petista a apresentar nomes e agenda econômica para um eventual governo mais alinhados com o mercado.

O Congresso também será mais conservador a partir do ano que vem. O partido de Bolsonaro ganhou ao menos 23 deputados, chegando a 99, e se tornou a maior bancada eleita na Câmara nos últimos 24 anos.

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No mercado de câmbio doméstico, às 10h50, o dólar comercial à vista recuava 3,26%, a R$ 5,2190 na venda.

O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de novembro de 2022.

Ibovespa

Na Bolsa de Valores brasileira, o índice de referência Ibovespa disparava 3,92%, aos 114.351 pontos, na abertura da sessão desta segunda.

Na sexta-feira, 30, participantes do mercado já vinham atribuindo a melhora do mercado financeiro doméstico aumento da chance de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, uma vez que as últimas pesquisas de intenção de voto apontavam que não era possível cravar a vitória petista no primeiro turno.

Rumores sobre a suposta participação de Henrique Meirelles em um eventual governo de Lula também influenciaram movimentos na Bolsa.

A Bolsa de Valores apresentou forte recuperação nesta sexta-feira em relação às baixas desta semana, o que contribuiu para que o mercado de ações brasileiro terminasse o terceiro trimestre com desempenho positivo e na contramão das baixas registradas no exterior.

O Ibovespa fechou em alta de 2,20%, aos 110.036 pontos pontos. Embora o resultado do dia não tenha evitado uma baixa semanal de 1,50%, o desempenho trimestral do indicador parâmetro das ações brasileiras ficou positivo em 11,66%.

O dólar comercial terminou perto da estabilidade, em um dia em que a taxa de câmbio balançou entre altos e baixos. A cotação comercial da moeda americana à vista subiu 0,03%, a R$ 5,3950 na venda.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações fecharam o trimestre com fortes baixas. O indicador Dow Jones mergulhou 6,66% no período.

Esse índice acompanha as ações de 30 das maiores empresas da Bolsa de Nova York e sua queda anual acumulada em quase 21% é um sintoma do temor de investidores de que a política monetária de juros altos do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) conduzirá o país e o mundo a uma forte desaceleração econômica.

Referência para a Bolsa americana, o índice S&P 500 tombou 5,28% no trimestre. A Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia com grande potencial de crescimento, afundou 4,11%.

A semana dos mercados globais ainda foi marcada pela forte venda de títulos da dívida do Reino Unido, o que aprofundou a queda do valor da libra esterlina frente ao dólar.

A crise foi desencadeada por um plano de corte de impostos anunciado pelo governo britânico, cujo efeito esperado é aquecer a economia. O estímulo vai na contramão da agressiva elevação de juros adotada pelo banco central britânico para frear a inflação.

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