Bolsonaro sugere que todo mundo compre um fuzil após crise com membro do STF e TSE

O presidente Jair Bolsonaro participa de evento no Palácio do Planalto (Cristiano Mariz/Agência O Globo)

Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA (DF) – Em meio a uma crise que se arrasta nos últimos dias com membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) subiu o tom dos ataques e sugeriu que “todo mundo” tem que comprar um fuzil. A afirmação foi dada a apoiadores, nesta sexta-feira, 27, ao ser questionado se ele iria “parar de brigar dentro das quatro linhas” da Constituição e “partir para o ringue”.

“Tem que todo mundo comprar fuzil, . Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz “ah, tem que comprar feijão”. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, declarou.

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Ainda durante a conversa, Bolsonaro respondeu que não quer “interferir” em outros Poderes, mas afirmou que é “difícil governar desta maneira”.

“Tem ferramentas lá dentro (da Constituição) para ganhar a guerra. Tem gente que está do lado de fora. Difícil governar um País desta maneira. O único dos Poderes que é vigiado o tempo todo e cobrado sou eu. O que acontece para o lado de lá não tem problema nenhum. Eu não quero interferir para o lado de lá, nem vou. Agora, tem que deixar a gente trabalhar para o lado de cá”, destacou.

O chefe do Executivo afirmou que o “câncer” chegou à Corte Eleitoral e que é preciso colocar um “ponto final”. Ao falar em “câncer”, Bolsonaro fez referência a uma decisão do corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão, de desmonetizar páginas que divulgam informações falsas sobre as eleições.

“Não sou machão, não sou o único certo. Agora, do outro lado não pode um ou dois caras estragarem a democracia do Brasil. Começar a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. E agora o câncer já foi lá para TSE, lá tem um cara também que manda desmonetizar as coisas. Tem que botar um ponto final nisso. E isso é dentro das quatro linhas (da Constituição)”, disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.

O tensionamento das relações entre os demais Poderes com Bolsonaro não dá sinais de que vá diminuir. Os ataques do presidente contra o Judiciário ganharam força durante a discussão sobre a implementação do voto impresso no País, defendido por Bolsonaro e rejeitado no Congresso, há duas semanas. À época, Bolsonaro deu inúmeras declarações atacando os magistrados do STF, em especial ao ministro Luís Roberto Barros, a favor do sistema atual de votação.

Em outra frente, o chefe do Executivo ataca o chamado inquérito das ‘fake news‘, que mira numa suposta milícia digital suspeita de disseminar notícias falsas. Recentemente, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, Bolsonaro passou a condição de investigado no processo.

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