Com informações do Infoglobo
BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro iniciou seu discurso prometendo mostrar um País diferente “daquilo publicado em jornais ou visto em televisões”. Em um tom forte, disse que está, desde o início de seu governo “sem casos de corrupção” — ignorando investigações, inclusive de CPIs — e com um presidente que acredita em Deus.
“Estávamos à beira do socialismo, nossas estatais davam prejuízo de bilhões de dólares, hoje são lucrativas”, declarou.
Na fala, o presidente destacou contratos fechados no setor de infraestrutura, com leilão de aeroportos e terminais portuários, além de acordos fechados para novas ferrovias.
“Temos tudo o que o investidor procura. Um grande mercado consumidor, excelentes serviços, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro abre nesta terça, pouco depois das 10h, a 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, mantendo a tradição dos presidentes brasileiros desde 1955. Depois de ganhar notoriedade por ser um dos únicos líderes mundiais que ainda não tomou vacina, o presidente brasileiro, pressionado, prometeu tratar em seu discurso de temas como a pandemia e o meio ambiente.
Esta é a terceira vez que Bolsonaro participa do evento. No ano passado, com a Assembleia Geral 100% virtual por causa da pandemia, o presidente tentou se defender das críticas sobre a gestão da Covid-19 dizendo que a imprensa brasileira “politizava o vírus, disseminando o pânico entre a população”. Segundo o presidente, ao defender que as pessoas ficassem em casa durante período de isolamento social, como recomendavam os especialistas de saúde, os veículos de imprensa “quase trouxeram o caos social ao País”, repetindo seu discurso em eventos internos.
Em 2019, Bolsonaro fez o seu discurso inaugural na Assembleia Geral com ataques indiretos a outros líderes internacionais, críticas a Cuba, à Venezuela, à mídia e a própria ONU, além de várias referências a um mal definido “socialismo”, segundo ele uma “ideologia” que busca um “poder absoluto”. O presidente reforçou temas de campanha e criticou “antecessores socialistas”.
A resposta do governo federal à pandemia de Covid-19 virou motivo de críticas dentro e fora do País: com mais de 21,2 milhões de casos registrados, o Brasil é a terceira nação do planeta com o maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. No número absoluto de mortes, é o vice-líder, atrás apenas dos EUA. Desde o início da crise sanitária, já morreram mais de 590 mil brasileiros.
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