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Superando as eleições de 2018, candidaturas LGBTQIA+ crescem e chegam a 170 em 2022
(Reprodução/FERENC ISZA/AFP)
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15 de agosto de 2022
Com informações da Folhapress
MANAUS – Após as convenções partidárias, 170 candidaturas LGBTQIA+ foram oficializadas pelas siglas, número maior que o de 2018, quando foram 157. O levantamento é da organização VoteLGBT, que busca aumentar a representatividade dessa parcela da população.
“É um número histórico. Só mostra o quanto essa tendência de LGBTs ocuparem a política veio para ficar. Ainda estamos trabalhando em um cenário de muita desigualdade, só ocupamos 0,16% dos cargos políticos eletivos, mas é bom ver o avanço”, diz Evorah Cardoso, pesquisadora e integrante do VoteLGBT.
Ela diz que a distribuição de recursos receberá atenção especial da organização a partir de agora.
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“Nada garante que os partidos vão garantir condições financeiras para essas candidaturas. Vamos ficar em cima disso”, diz.
Mais representatividade
Na análise do jurista e ativista dos direitos humanos Christian Rocha, nem a “esquerda” e nem a “direita” estão realmente compromissadas com políticas públicas voltadas para a população negra e para quem mais está em vulnerabilidade, como os LGBTQIA+. “A gente fala de direita e de esquerda, mas, na verdade, a gente ainda não atentou que nem direita, nem esquerda tem um compromisso sério com o negro e com todas as pessoas que vivem em vulnerabilidade extrema”, diz.
Para Christian, o Brasil é um País desigual onde a mudança deve começar no local onde fazem as leis: o Congresso. “A gente vive no País mais desigual do mundo e nós ainda não conseguimos entender o porquê de o Brasil continuar tão desigual, porque continua praticando racismo, desigualdade, preconceito, discriminação. É um País que não respeita a criança, o idoso, a mulher, o homossexual, o negro, e a gente ainda continua observando e vendo que o protagonista da mudança na sociedade é o parlamento, é a política; que por meio desse campo é que surgem as políticas públicas, as leis, e aí a gente vê que há um descompromisso com o crescimento intelectual do Brasil”, diz ele.
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