CGU investiga se houve inserção de dados falsos no cartão de vacinação de Bolsonaro

Ex-presidente do Brasil Jair Messias Bolsonaro (Reprodução/Reuters)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou nesta sexta-feira, 17 que há uma investigação em curso no órgão que apura a possibilidade de inserção de dados falsos no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Havia uma expectativa de que a CGU retiraria o sigilo imposto pelo governo anterior, sobre o documento, até o fim desta semana. O órgão, no entanto, decidiu esperar a conclusão do procedimento.

Em nota, a CGU informou que tem até o dia 13 de março para decidir sobre a retirada ou não do segredo. Nesse dia, encerra-se o prazo legal do julgamento de recurso feito ao órgão por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). A instituição também disse que está analisando outros 233 casos de sigilo impostos de forma “indevida” pela gestão passada.

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Conforme o GLOBO publicou na quinta-feira, 16, a investigação em questão foi aberta durante a gestão do ex-ministro da CGU Wagner Rosário, próximo ao fim do antigo governo. Em janeiro deste ano, um grupo de hackers divulgou um cartão de vacinação que, supostamente, seria de Bolsonaro. Nele, constava o registro de uma dose da vacina contra a Covid-19, que teria sido aplicada em uma unidade de saúde em São Paulo, com data de 19 de julho de 2021.

O GLOBO apurou que as informações são apontadas como falsas pela administração anterior, tendo em vista que, nesse dia, Bolsonaro se encontrava em Brasília. Ainda segundo relatos feitos à reportagem, foi constatado a ocorrência de outras tentativas de inserção de dados no cartão. A investigação apura se isso ocorreu por ação de um hacker ou de um servidor público, e ainda não foi concluída. A base de dados do cartão de vacinação é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Ao longo de sua gestão, Bolsonaro se recusou a informar se tomou a vacina contra a Covid-19. Questionado por meio da Lei de Acesso à Informação, o governo impôs um sigilo de até cem anos aos dados, sob a justificativa que isso se referia à vida privada do então presidente.

(*) Com informações do Infoglobo
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