Com ataques a eleições, Bolsonaro repete ‘manual’ de Trump

Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante jantar em Mar-a-Lago (Jim Watson/AFP)
Com informações do UOL

SÃO PAULO – As reiteradas tentativas de abalar a confiança no sistema eleitoral brasileiro conduzidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seguem um “manual” similar ao adotado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, no qual alegações de fraudes em votações são repetidas de forma contínua e suspeitas são levantadas mesmo em caso de vitória.

Ao pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a suspensão de pagamentos, por plataformas digitais, para canais que espalham mentiras sobre as eleições no Brasil, a Polícia Federal afirmou que a rede de apoiadores de Bolsonaro usa a mesma estratégia de comunicação adotada por Trump em 2016.

Segundo a PF, trata-se da criação de canais, especialmente nas redes sociais, para simular comunicação direta com o eleitorado, enquanto se promove “ataque aos veículos tradicionais de difusão de informação (jornais, rádio, TV etc.)” , diz o documento revelado pela Folha e ao qual o UOL também teve acesso.

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O relatório policial também afirma que “esta rede pretende (…) diminuir a fronteira entre o que é verdade e o que é mentira.” O documento também afirma que o “modelo de difusão de notícias falsas” inclui a disseminação de conteúdo de forma “rápida, contínua e repetitiva” para gerar “familiaridade com a informação e, consequentemente, sua aceitação”, assim como a falta de “compromisso com a verdade” e “com a consistência do discurso ao longo do tempo”.

‘Fraude’ mesmo na vitória

Trump e Bolsonaro recorreram a este tipo de prática mesmo quando estavam em vantagem eleitoral. Em 2016, quando Trump venceu nos EUA, aliados mantinham o movimento Stop the Steal (“parem o roubo”, em português), que tentava “comprovar” que uma fraude garantiria a vitória da democrata Hillary Clinton, explica relatório do centro de estudos Southern Poverty Law Center (SPLC).

Um dos pilares da campanha era acusar o sistema eleitoral dos EUA de fragilidades que permitiriam, supostamente, a manipulação do resultado. Segundo a campanha de Trump, os votos pelo correio — permitidos em alguns Estados americanos — eram violáveis e deveriam ser descartados, apontou o SPLC.

Leia a matéria completa no UOL

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