Com o Amazonas na dianteira da extrema pobreza, bate-boca político não ajuda

Nesta semana, a Revista Cenarium trouxe uma reportagem, com base em indicadores do IBGE, que revelam que o Maranhão e o Amazonas têm a maior proporção da população em situação de extrema pobreza do País. Ou seja, 14,4% dos maranhenses e 12,5% dos amazonenses vivem com menos de US$ 1,90 por dia, R$ 10,73 em valores atuais. O Banco Mundial define US$ 1,90 por dia como a linha da extrema pobreza.

Mas, enquanto amazonenses e brasileiros comem carcaça de galinha e cozinham com lenha, há quem gaste tempo e energia em bate-bocas inúteis, que nada contribuem para a redução deste cenário de indicadores econômicos ruins.

Nesta semana, por exemplo, eu estava na Aneel garantindo uma luta minha antiga, a inclusão de mais 200 mil famílias amazonenses na Tarifa Social de Energia, medida que tem alcance em todo o Brasil. Isto, sim, transforma realidades.

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Na última sexta-feira, estava em São Paulo, numa reunião no Hospital Oswaldo Cruz, planejando uma grande ação de saúde pública para o Amazonas que, espero, mude para melhor o atendimento à população.

Portanto, penso que o povo do meu Estado, nesse momento sensível do País, espera mais de nós, homens públicos. Não é o momento para gastarmos nossas energias com questões eleitorais, que terão seu tempo para maturação.

Do lado de fora da política há milhões de amazonenses e brasileiros sofrendo de fome, que perderam seus empregos, seus amigos e familiares na pandemia e que não conseguem dar o mínimo de dignidade as suas famílias. É tentar ajudar o Brasil e superar essa crise que me move. Portanto, deixemos as disputas para depois. Quem quiser bater boca comigo sobre questões eleitorais ou partidárias vai ficar falando sozinho, porque todas as minhas energias estão canalizadas para ações que melhorarem a vida das pessoas.

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(*)Marcelo Ramos é advogado, professor de Direito Constitucional e vice-presidente da Câmara Federal.

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