Construção civil no Amazonas tem aumento de 0,64% em outubro e acumula alta de 13,23% ao ano

A construção civil é um dos vetores da economia nos grandes centros urbanos (Revista Construa/Reprodução)
Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – A construção civil teve aumento de 0,64% no mês de outubro, de acordo com o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), índice que mede os preços do setor. No acumulado do ano, entre os meses de janeiro a outubro, são 13,23%. Na variação acumulada dos últimos 12 meses são 15,54%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã da última quinta-feira, 10.

A alta foi puxada pelos custos de mão de obra, superando as despesas com materiais. O valor médio foi de R$ 1.650,43. O preço médio da construção no Brasil é de R$ 1.675,46 no mesmo período.

O setor da construção civil é um dos vetores que impulsionam a economia nos grandes centros urbanos (Reprodução/Internet)

Para Carlos Flávio, superintendente adjunto do Conselho Regional de Engenharia (Crea), os números são positivos. “O aumento de renda é positivo, estimula o consumo, a capacidade de compra e ativa, positivamente, a economia”, destacou. Para o engenheiro, os números na outra ponta também são confortáveis. “O preço dos materiais estáveis é bom, traz previsibilidade para os negócios. Entretanto, a sinalização de irresponsabilidade fiscal, no futuro, deve causar inflação, descontrole de preços e um ambiente desfavorável aos investimentos”, avaliou.

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Para o gestor, 2023 não trará um ambiente positivo para a construção civil. Ele vê com pessimismo o próximo ano e não espera crescimento para o setor, um dos que mais emprega na economia brasileira. “Passada a turbulência das eleições, tudo indica para um período de inflação, elevação da dívida pública e insegurança jurídica. Logo, um péssimo ambiente para investimentos e crescimento do setor”, previu o engenheiro.

Ranking material

No Amazonas, o custo médio do material para a construção é o décimo terceiro maior valor entre Estados e DF. A média é de R$ 1.010,34. Entre os Estados que apresentaram menores custos estão dois da Região Nordeste: Alagoas (R$ 930,02) e Sergipe (R$ 935,07). No Sudeste, somente o Espírito Santo apresentou menor custo, que é de (R$ 947,42). Já os Estados com maiores custos são o Acre (R$ 1.172,11), na região Norte, Mato Grosso (R$ 1.111,24), no Centro-Oeste e Tocantins (R$ 1.096,43) também na Região Norte.

Ranking pessoal

No Amazonas, o custo médio da mão de obra custa R$ 640,09. O valor é o nono maior entre Estados e DF (no mês de julho, era o vigésimo do ranking). Os menores custos de mão de obra foram registrados em três Estados da Região Nordeste. São eles, Sergipe (R$ 536,74), Piauí (R$ 550,01) e Ceará (R$ 568,81). Já os maiores custos para contratação ou emprego de mão de obra estão localizados em Santa Catarina (R$ 863,48), Região Sul do País. No Sudeste, o índice foi registrado no Rio de Janeiro (R$ 804,76) e em São Paulo (R$ 790,03).

De acordo com o IBGE, “As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo, para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos”, destacou a nota.

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