CPI da Pandemia deve investigar falta de atendimento emergencial a 40 mil servidores da Prefeitura de Manaus
30 de abril de 2021
Na próxima terça-feira, 4, a CPI da pandemia vai iniciar a coleta de depoimento de David Almeida (Dhyeizo Lemos/Semcom)
Carolina Givoni – Da Revista Cenarium
MANAUS – Membros da bancada amazonense afirmaram nesta sexta-feira, 30, que elaboram um requerimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Congresso Nacional para investigar omissão do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que suspendeu há quatro meses os atendimentos de Saúde a 40 mil segurados da ManausMed.
O caso ganhou repercussão nacional após a publicação da CENARIUM, que exibiu depoimentos de servidores e dependentes, que mesmo realizando pagamentos diretamente, por meio de descontos na folha de pagamento, foram desassistidos pelo plano de Saúde municipal durante o recrudescimento da pandemia na capital amazonense em janeiro deste ano.
Na próxima terça-feira, 4, a CPI da pandemia vai iniciar a coleta de depoimentos. Na ocasião, David Almeida e a secretária de Saúde de Manaus, Shádia Fraxe, devem esclarecer interrupções da aplicação da primeira dose da vacina contra Covid-19 na capital amazonense, fato que levou o Amazonas a cair para o 10º lugar no ranking da imunização nacional.
A secretária de Saúde da capital amazonense, Shádia Fraxe, em entrevista coletiva (João Viana/Secom)
Estocagem de oxigênio
Além disso, o prefeito de Manaus deve esclarecer um posicionamento concedido à imprensa local, onde afirmava saber previamente da alta na demanda por oxigênio em janeiro – mês marcado pela morte de pessoas por asfixia por falta do insumo hospitalar. Na gravação, David declara que a prefeitura estocou cilindros de oxigênio nas Unidades de Saúde da capital.
David Almeida afirma que prefeitura soube com antecedência que poderia faltar oxigênio em Manaus (Reprodução/Portal Marcos Santos)
Fura-filas
Shádia Fraxe, apontada como uma das responsáveis pelo escândalo dos “fura-filas” da vacinação, além da imunização de correligionários que não estavam inclusos no grupo prioritário, também vai depor. A gestora municipal também foi imunizada e, à época, a Justiça Federal a proibiu de receber a segunda dose do imunizante.
Em janeiro, uma ordem do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, era abastecer as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Prefeitura de Manaus com o “Kit Covid”, um pacote composto com medicações como Ivermectina e Azitromicina. As medicações que têm sido defendidas pelo governo federal e distribuídas nas UBS da capital amazonense não têm eficácia comprovada no tratamento do coronavírus.
Outro lado
A equipe de reportagem da CENARIUM entrou em contato com a equipe de comunicação da Prefeitura de Manaus, que até o fechamento desta edição não havia se posicionado sobre o caso.
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