CPI das ONGs vai inquirir presidente do IBGE sobre critérios do Censo Indígena

Márcio Pochmann, presidente do IBGE, não comparece à CPI das ONGS (Reprodução/ Pedro França/Agência Senado).
Mayara Subtil – Da Revista Cenarium Amazônia*

BRASÍLIA (DF) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura a atuação e o recebimento de recursos públicos e privados por ONGs, sobretudo na Amazônia, ouve nesta terça-feira, 10, a partir das 10h, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann.

A presença de Pochmann atende ao requerimento do relator da comissão, o senador Márcio Bittar (União-AC). Conforme apurado pela REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, o colegiado deverá questionar os critérios e metodologias utilizados no recenseamento indígena.

O colegiado pretende questioná-lo sobre denúncias que chegaram à comissão de que os resultados do Censo 2022 foram manipulados para mostrar um número superior de pessoas que se reconhecem indígenas.

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Censo

Segundo o último Censo Demográfico 2022, divulgado em agosto deste ano, o Brasil tem 1,7 milhão de pessoas indígenas, o que representa 0,83% da população total do país. Os povos indígenas passaram a ser mapeados pelo IBGE em 1991, com base na autodeclaração no quesito “cor ou raça”.

Ainda de acordo com o último Censo, a Região Norte concentra 45% dos indígenas brasileiros, com grande destaque para o estado do Amazonas – que, sozinho, tem 490,9 mil indígenas, ou 29% do total.

CPI

Presidida pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), a CPI das ONGs investiga como funciona os trabalhos e ações desenvolvidos por ONGs ambientais na Amazônia.

No requerimento em que convida o presidente do IBGE, o senador Márcio Bittar Bittar justifica que “surpreendeu, especialmente em relação ao aumento exponencial do número de indígenas” no resultado do Censo 2022 e quer saber qual foi a participação das ONGs na metodologia da pesquisa.

Editado por Marcela Leiros

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