Demanda por testes de dengue na rede privada apresenta aumento de 25%

Teste para detecção de dengue (Adobe Stock)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – Laboratórios da rede privada registraram aumento médio de 25% no número de exames de dengue nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de positividade chegou a 24%.

Foram 26.162 exames neste ano contra 20.746 em 2023, mostra levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que reúne as maiores redes de laboratórios privados do país.

Os dados indicam um salto ainda maior (77%) de exames realizados nas últimas quatro semanas. Entre 16 e 22 de dezembro de 2023 foram 8.606 testes, com 18% de positivos, contra 15.246 entre os dias 7 e 13 de janeiro, com 22% de confirmados.

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A maior taxa de positividade foi registrada entre 31 de dezembro a 6 de janeiro (24%). Ainda não há dados sistematizados sobre as regiões do país e faixas etárias que respondem pelas maiores altas.

Para Wilson Shcolnik, presidente do conselho de administração da Abramed, os números mostram que as pessoas estão preocupadas com a escalada da dengue no País e buscam a testagem quando têm os sintomas associados à doença, como febre alta, dores musculares, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Os testes fazem o diagnóstico de quatro sorotipos de dengue –1, 2, 3 e 4 estão em circulação no país. O exame é feito por meio da detecção do antígeno na fase mais aguda da doença (em geral, até o quinto dia do início dos sintomas) e dos anticorpos (a partir do décimo dia).

Segundo Shcolnik, a identificação do sorotipo responsável pela infecção exige testes mais sofisticados, de biologia molecular. Em geral, só são feitos em estudos epidemiológicos.

Ele reforça que, além do teste da dengue, é importante também que seja feita a contagem de plaquetas e análise o estado de hidratação da pessoa. “O maior temor sempre foi a dengue grave.”

Plaquetas são células essenciais para a coagulação do sangue. Na dengue grave, o número delas cai muito, e pode ficar abaixo de 20 mil, o que aumenta o risco de sangramento. Uma pessoa saudável produz entre 150 e 450 mil plaquetas.

São Paulo

Nas duas primeiras semanas de 2024, a cidade de São Paulo confirmou 861 casos de dengue —mais de 57 por dia, segundo boletim epidemiológico. Os dados são provisórios. É o maior número desde o mesmo período de 2016, quando foram registradas 864 ocorrências da doença.

Em 2023, também nas duas primeiras semanas, a capital tinha 429 casos confirmados —152 em 2022, 64 em 2021, 201 em 2020, 148 em 2019, 67 em 2018 e 98 em 2017. Até o momento, não há mortes na capital.

No estado, de acordo com a Secretaria de Saúde, foram registrados 4.087 casos de dengue até 13 de janeiro. Em 2023, em período semelhante, foram 5.022 casos e quatro óbitos.

Como eliminar focos de dengue:
  • Tampe a caixa d’água e outros reservatórios de água
  • Retire folhas ou sujeiras que podem gerar acúmulo de água nas calhas
  • Guarde pneus em locais cobertos
  • Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo
  • Realize limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água
  • Limpe e retire acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e geladeiras
  • Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e bucha
  • Jogue as larvas na terra ou no chão seco
  • Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida; Utilize areia nos pratos de vasos de plantas
  • Retire água de plantas como bambu e bromélias
  • Limpe as piscinas
  • Guarde ou jogue no lixo os objetos que podem acumular água

(*) Com informações da Folhapress

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