Deputado vê insegurança jurídica no Copom e quer mudar composição do comitê

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante coletiva de imprensa na sede do Banco Central (Pedro Ladeira/Folhapress)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) afirma que a resolução do Banco Central (BC) que disciplinou a estrutura e o funcionamento do Comitê de Política Monetária (Copom) usurpa uma competência que é do Congresso e afronta a Constituição, o que cria insegurança jurídica na atuação do órgão.

Dudu da Fonte, como é conhecido, conseguiu o apoio dos dois maiores blocos da Câmara, que somam 316 assinaturas, e da federação do PT (81) para protocolar o projeto de lei complementar que regulamenta o Copom.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante coletiva de imprensa na sede do BC
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante coletiva de imprensa na sede do Banco Central (Pedro Ladeira/Folhapress)

O texto afirma que não interfere na autonomia do Banco Central e apenas resolve um problema que cerca a atuação do comitê. “A regulamentação por lei tem que ser feita urgentemente. A forma como o Copom está regulamentado vai de encontro à Constituição do País”, diz.

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Segundo ele, inexiste na lei de autonomia do BC competência para que possa criar instrumentos normativos para formular a execução da política de juros. Além disso, complementa, cabe ao Congresso, com a sanção do presidente, dispor sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações.

O parlamentar também pretende alterar a composição do comitê. Hoje, são membros do Copom o presidente, Roberto Campos Neto, e oito diretores do BC. Dudu da Fonte quer que o colegiado seja presidido pelo ministro da Fazenda e integrado ainda pelo presidente do BC, pelos ministros de Planejamento e Orçamento e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além do secretário do Tesouro Nacional.

Por fim, o deputado critica o atual patamar de juros no País. “Nenhum País do mundo aguenta remunerar um juro real com uma taxa de juro dessa. O juro é um câncer na economia do Brasil”.

(*) Com informações da Folhapress
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