Em Goiânia, artistas amazonenses realizam exposição em festival internacional

Técnica de Lambe-Lambe em exposição pelas ruas da cidade de Manaus (Divulgação)
Da Revista Cenarium Amazônia*

MANAUS (AM) – A exposição “Nodas de uma navalha / cortes em quatro tempos”, que integrará o LambesGoia – Festival Internacional de Lambe-Lambe (@lambesgoia.festival), em Goiânia, vai contar com a participação da arte de 15 amazonenses.

Integrantes do Coletivo Artivismo, os artistas do Amazonas foram convidados pela Lambes Brasil (@lambesbrasil), que é a parceira do festival. A exposição será inaugura nesta quinta-feira, 9, no Centro Cultural Cora Coralina, em Goiânia.

A participação amazonense será composta por um mural coletivo voltado para a presença, feitura e prática do lambe-lambe, que consiste na intervenção urbana mais democrática que existe. Basta criar uma arte/cartaz e colar em um muro, poste, lixeira.

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Com a curadoria de Victor Zagury, a exposição destaca o trabalho de 15 artistas amazonenses: Zag (@zag.vsc), Alex (@rivotrist), André Hullk (@andrehullk), Samara Souza (@samarasoux), Turenko Beça (turenkoland), Sarah Campelo (@sarahcampelo_), Ana Julia (@collart.mao), Denis LDO. (@denis.ldo), Jander Manauara (@jandermanauara), Isis (@isisdemanaus), Paloma silva, (@poetisa.te), Fronteira Imaginária (@fronteiraimaginaria), Dighetto (@dighetto), Dayane Cruz (@artista.day) e Nathan igual (chyberton).

As obras do Amazonas serão apresentadas em um mural assinado pelo Coletivo Artivismo. De acordo com o curador Victor Zagury, os artistas locais trazem consigo uma rica diversidade de estilos e técnicas, refletindo a riqueza cultural e a identidade única de Manaus.

Artista pinta em rua da cidade de Manaus (Divulgação)

“Traços da Cidade: A Expressão Artística nas Ruas de Manaus” é o título do mural assinado pelo coletivo Artivismo. Segundo Zagury, trata-se de uma oportunidade para os visitantes mergulharem no universo artístico urbano de Manaus, explorando o diálogo entre a cidade e suas manifestações criativas.

As obras expostas abraçam temas variados, desde a natureza exuberante da região amazônica até questões sociais e políticas relevantes. Para o curador, a relação simbiótica entre a área urbana e o ambiente natural é fundamental para a identidade e a sustentabilidade da cidade. Afinal, Manaus possui uma conexão íntima e vital com o rio e a floresta amazônica que a cercam, na opinião de Victor Zagury.

Crítica social e engajamento

Zagury fala ainda sobre os critérios utilizados em sua curadoria: “Como a exposição é feita a partir do projeto Artivismo, os critérios de escolha foram obras com um senso de crítica social referente ao Norte, ao Amazonas, combinando a expressão dos artistas e o ativismo político na obra”, definiu.

O engajamento político e social dos artistas também é uma das características do coletivo, cuja arte chega a Goiânia. “Muitos dos artistas então engajados em campanhas sociais e mudanças climáticas, buscando promover a transformação social por meio da arte”, afirma.

Outro veterano que embarcou no coletivo, o artista Turenko Beça se diz feliz de ter sido lembrado pelo Coletivo Artivismo. “Houve esse convite para eles participarem, e eu recebi o convite do convite. Meio que estou indo junto com a molecada, porque eu tenho uma relação com eles e tudo, mas eles têm uma importância muito grande nesse momento”, elogia Turenko.

Para Turenko, trata-se de uma oportunidade de rejuvenescer com uma nova geração de artistas. “Eu fico feliz de ter sido lembrado, e de poder estar acompanhando essa exposição. É um pessoal que tem uma cabeça boa, que faz a diferença, que é do movimento cultural. Estou muito satisfeito de estar podendo rejuvenescer um pouco com a molecada”, comemora.

Artista usa a técnica do Lambe-Lambe e crianças participam da ação (Divulgação)
Coletivo Artivismo

O Coletivo Artivismo surgiu a partir de ações de rua na Zona Leste de Manaus. Essas ações combinaram expressões artísticas e ativismo político, buscando promover transformação social e conscientização por meio da arte. O coletivo utiliza conexões com artistas de outros grupos e usa diversas formas de manifestação artística, como grafite, lambe-lambe, fotografia e intervenções urbanas para abordar questões sociais, culturais e ambientais relevantes para a comunidade local.

Além das intervenções urbanas, o coletivo também realiza exposições em galerias, espaços culturais e periféricos de Manaus, proporcionando um ambiente propício para a apreciação e reflexão sobre a arte de rua. As exposições abordam temas relevantes que instigam a conscientização, a expressão artística de quem vive no Norte, incentivando o público a se envolver ativamente na transformação social.

Leia mais: Artistas indígenas do Amazonas são destaque em exposição no maior museu da América Latina
(*) Com informações da assessoria
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