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Em junho, contratação formal na Região Norte teve aumento; Pará foi o Estado que mais contratou
Contratação formal tem saldo positivo segundo dados do Novo CAGED.(Reprodução)
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29 de julho de 2022
Eliziane Paiva – Da Revista Cenarium
MANAUS – O recente levantamento feito pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED), divulgado nessa quinta-feira, 28, pelo Ministério do Trabalho e Previdência, mostra pequeno, porém, expressivo aumento no número de contratação formal de trabalhadores em junho. De acordo com os dados, na Região Norte, o Estado do Pará foi o que mostrou maior saldo positivo neste ano.
Entre os grupos de atividade econômica levados em consideração na pesquisa estão a Indústria, Construção, Agropecuária, Comércio e Serviços, sendo este último o que mais contratou, com 788.488 novos postos de trabalho em todo o País, deste total, foram 36% somente no Estado do Pará, com 208.763 empregos gerados apenas no primeiro semestre de 2022.
Ainda no Norte, o Amazonas, somente nos seis primeiros meses registrou 177.703 carteiras assinadas, um índice de admissões elevado se levado em comparação ao total de contratações realizadas em 2021 quando a pesquisa indicava o número de 217.157 empregos formalizados, e com 98.237 na indústria, setor que movimenta a economia do Estado.
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Em entrevista à REVISTA CENARIUM, a economista Denise Kassama, afirma que já estava na hora do número de empregos voltar a crescer no Estado, e enxerga com bastante naturalidade a retomada, tendo em vista o processo de recuperação econômica na pós-pandemia.
“Empresas que reduziram sua atividade durante a pandemia e, consequentemente, seus quadros funcionais, estão voltando a buscar seu espaço no mercado”, e para mais a especialista destaca que no Amazonas, o setor de turismo, alimentos e serviços de uma forma geral, também devem voltar a crescer.
No Brasil, os dados mostram que no acumulo de admissões sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre janeiro e junho de 2021 e 2022, houve a variante de 1.443.338, representando um crescimento de 14,2%, enquanto a porcentagem de desligamentos foi de 18,2%, ou seja, um total 1.587.544 de pessoas desempregadas.
O setor de serviços foi o que mais avançou, seguido da indústria com 215.839, construção que contratou 184.748, a agropecuária admitiu 84.043 e o comércio, que formalizou 61.677 novos funcionários.
Se considerado o mesmo período, o saldo chega a 2.813.788 de novos empregos produzidos, isso quer dizer que, apenas entre janeiro e junho deste ano, 1.334.791, quase a metade do saldo total, demonstra uma retomada do emprego formal no País.
Salário em queda
Além disso, a pesquisa divulgou ainda a faixa salarial para os trabalhadores admitidos nos últimos 12 meses, e mostrou queda de 5,4%, saindo de R$ 2.026,10 em 2021, para R$ 1.922,77 em 2022 – valores referentes aos dados informados sem os ajustes atuais.
Região Norte
Dos Estados que corresponde a Região Norte, além do Pará que apresentou aumento nas gerações de empregos formalizados no setor de serviços, e o Amazonas teve crescimento em admissões na indústria, Tocantins também teve, em 2021, 98.834 pessoas empregadas e 58.762, já no primeiro semestre deste ano, seu saldo foi de 7.825 no acumulado das contratações.
Roraima foi a unidade federativa com menor saldo, foram pouco mais 529 novos postos de trabalho, o que caracteriza aumento de 0,80%, ficando atrás do Amapá que apresenta crescimento de 1,18% e 869 de empregos criados. De acordo com a pesquisa, Acre e Rondônia não tiveram dados analisados.
Sem emprego
Apesar dos dados mostrarem significativo avanço nos trabalhos formais no Brasil, 53,9% das mulheres não possuem emprego, foi o que divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na distribuição de pessoas desocupadas por sexo no primeiro trimestre de 2022, enquanto 46,1% dos homens estão desempregados.
Já na “distribuição de pessoas desocupadas por idade”, o IBGE aponta que 35,9% dos brasileiros sem trabalho possuem faixa etária entre 25 e 39 anos, seguido das pessoas com 18 e 24 anos, 30,6% e 23,8% com idade de 40 a 59 anos.
O detalhamento dos dados informados pelo CAGED na matéria da REVISTA CENARIUM podem ser consultados no site do Ministério do Trabalho e Previdência por meio do link http://pdet.mte.gov.br/novo-caged.
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