Em manifesto, Ciro Gomes descarta desistência e ataca ‘lulismo’ e ‘bolsonarismo’: ‘Minha candidatura está de pé’

Ciro Gomes (Divulgação)
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) descartou nesta segunda-feira, 26, sua desistência da corrida eleitoral ao Palácio do Planalto nas Eleições 2022. Em um manifesto à Nação, o pedetista discursou por pouco mais de nove minutos, atacou a imprensa, o “lulismo” e o “bolsonarismo”, e disse que sua candidatura está de pé, sendo uma opção para “livrar o País de um futuro covarde e amedrontador”.

“Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto como firme, sendo a legítima opção para livrar o nosso País de um presente covarde e um futuro amedrontador. Com rebeldia e esperança, ainda podemos, juntos, salvar a nossa pátria”, declarou Gomes.

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Em texto lido a jornalistas, o pedetista começou o discurso falando sobre estar sendo vítima de uma campanha para retirada de seu nome na disputa pela Presidência do Brasil. Apesar disso, Ciro Gomes, que está em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais de intenção de voto, atrás apenas de Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que nada deterá a sua disposição de seguir em frente.

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“Estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para a retirada da minha candidatura. Anotem e leiam meus lábios: nada deterá a minha disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo projeto nacional de desenvolvimento e, também, a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas”, começou Gomes.

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Segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada na quinta-feira, 22, o ex-governador do Ceará tem 7% das intenções de voto e aparece em terceiro lugar, em empate técnico com Simone Tebet (MDB) que tem 5%. O primeiro colocado na preferência do eleitorado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 47% das citações, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 33%.

Em ataque aos adversários no manifesto desta segunda-feira, 26, o candidato do PDT afirmou que Bolsonaro, que concorre à reeleição, não existiria se “não fosse a grave crise econômica e imoral dos governos petistas [dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula]. Ainda para Ciro Gomes, Lula “não sobreviveria em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro”.

“Mesmo assim, as máquinas poderosas do ‘lulismo’ e ‘bolsonarismo’ estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro e que este passo atrás é o único meio de levar o Brasil adiante”, reforçou o presidenciável, no manifesto.

Ciro ataca a imprensa

O pedetista também aproveitou a fala para atacar a imprensa: “Esse rito suicida tem o incentivo comodista e covarde de setores da mídia e da inteligência, que, em uma mistura de cumplicidade, amnésia e medo perderam a nitidez dos fatos, das causas, dos efeitos e de suas perigosas consequências”, atacou.

Para Ciro Gomes, o “Brasil está na iminência de sofrer a maior fraude eleitoral da história”. “Não a mentirosa fraude das urnas eletrônicas, inventada por Bolsonaro. Mas a fraude do estelionato eleitoral que sofrerão as vítimas que apertarem nas urnas invioláveis, o 13 ou o 22. As urnas são de fato invioláveis, mas a legítima vontade popular está sendo tremendamente violada”, afirmou o candidato.

O presidenciável continuou afirmando ainda que a “legítima vontade popular está sendo tremendamente violada”. “Quem pensa que ao apertar 13 estará elegendo Lula, estará elegendo os mesmos que saquearam o País nos últimos anos, aos quais Lula vergonhosamente se aliou novamente. E aqueles que pensam que ao apertar 22 estará elegendo Bolsonaro, mesmo com as suas deformidades, estarão elegendo outra parte da corja que saqueou o País em governos anteriores e pularam em um novo barco, que disputam com a mesma rota a reta de chegada ao caos”.

Voto útil

Ciro Gomes finalizou o manifesto reclamando a falta de debate sobre o assunto e criticou o chamado “voto útil”, defendido pela campanha do ex-presidente Lula. O voto útil é a estratégia adotada pelo PT para garantir os votos da terceira via para que a eleição se decida logo no primeiro turno. Para o pedetista, contudo, a iniciativa vai contra a “liberdade das pessoas de votarem”.

“Com essa pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem. […] querem privá-las do direito de expressar seus sonhos e de estar a força das suas posições”, argumentou. “Por mais jogo sujo que pratiquem, eles não me intimidarão. Não fugirei do verdadeiro embate democrático e não compactuarei com essa farsa. Tenho compromisso de vida e morte na luta por um Brasil melhor e nada irá me amedrontará e irá me deter. Minha candidatura segue de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância”, concluiu.

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