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Empresário que praticou tiro ao alvo com imagem de Lula é investigado pela PF
Os bolsonaristas Patricia e Luiz Henrique Crestani durante prática de tiro ao alvo com imagem do ex-presidente Lula (Reprodução/Instagram)
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23 de setembro de 2022
Com informações da Folhapress
BRASÍLIA – A Polícia Federal abriu nesta quinta-feira (22) uma investigação contra o empresário bolsonarista Luiz Henrique Crestani, que praticou tiro ao alvo usando uma imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação foi filmada e viralizou após ser compartilhada por ele nas redes sociais.
Em ofício enviado à Corregedoria-Geral da Polícia Federal, o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues afirma que a apuração de eventual responsabilidade penal é necessária diante do “teor das mensagens publicadas em redes sociais envolvendo o candidato à Presidência da República e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob proteção legal da Polícia Federal”.
A esposa de Crestani, Patricia, também será investigada, uma vez que aparece no vídeo praticando tiro ao alvo contra a imagem do petista.
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O alvo usado durante a prática trazia o rosto de Lula empunhando um revólver contra a cabeça de uma figura humana.
“Vamos inaugurar hoje aqui, eu e a Patrícia, minha esposa, um alvo novo do clube de tiro. Qual que é o ladrão? Eu tô na dúvida agora. Vamos ver onde que a arma pega”, disse Luiz Henrique Crestani antes de disparar os tiros. A publicação foi removida das redes sociais após sua repercussão.
Luiz Henrique Crestani é de Santa Catarina e se identifica como proprietário da Luke Group, que atua nos ramos de logística e engenharia.
Depois que o vídeo viralizou, o empresário publicou uma nota em que afirma não ser a favor da violência nem de agressões.
“Este desenho utilizado na prática de clube de tiro está retristo às atividades internas e não deve ser entendido com qualquer outra conotação, sendo apenas usado em caráter recreativo, sem cunho político”, afirmou.
“Manifesto de maneira pública que embora nossa posição política seja antagônica, isto não significa em hipótese alguma que incitamos a prática de atos que desrespeitem os valores legais constituídos em nosso país”, disse ainda. “Que vença o melhor”, completou.
Como mostrou a Folha, a PF decidiu reforçar o esquema de proteção a candidatos neste ano diante do clima de tensão no país.
O órgão é responsável pela segurança de cada político que concorre ao cargo de presidente da República, com exceção de quem está no exercício do mandato, como Bolsonaro. Sua proteção fica a cargo do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Nas mudanças que foram feitas para este ano, a polícia criou indicadores para avaliar o risco de cada presidenciável e, assim, definir o tamanho da estrutura a ser dada a cada um.
A PF classificou o nível de proteção a Lula como máximo, o único assim avaliado.
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