Falta rede de esgoto em mais de 70% dos domicílios no Pará

Apenas 28% dos domicílios do Pará estavam ligados à rede de esgoto em 2022 (Paulo Castro / Ag. Pará)
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium

BELÉM (PA) – O Pará possui o quarto pior índice médio de domicílios urbanos com acesso à rede de esgotamento sanitário. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 72% das residências não possuíam conexão.

Segundo o levantamento, os Estados com os piores percentuais de casas com rede de esgoto em 2022 são: Amapá (23,1%), Piauí (23,3%), Rondônia (27,3%) e Pará (28%). A reportagem da REVISTA CENARIUM solicitou esclarecimentos dos Estados e não teve retorno até esta publicação.

Os números apontam ainda que, no geral, o acesso ao esgotamento sanitário por rede coletora aumentou para 69,5% em 2022, segundo IBGE. As regiões Norte e Nordeste possuem menor acesso, mas o Nordeste atingiu pela primeira vez a marca de 50% dos domicílios ligados à rede de esgoto, enquanto o Norte, apenas 31%. 

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Melhores resultados

A pesquisa do IBGE mostra ainda que o percentual médio de domicílios ligados à rede de esgotamento sanitário aumentou de 68,2% para 69,5%, entre 2019 e 2022. Os Estados com a melhor performance de saneamento são: São Paulo (96,4%), Distrito Federal (94,1%); Minas Gerais (92,3%) e Rio de Janeiro (90,6%).

Condições de saneamento

Segundo o IBGE, o Brasil possuía, no ano passado, 74,1 milhões de domicílios particulares permanentes, sendo 85% (ou 63 milhões) de casas e 14,9% (ou 11 milhões) de apartamentos. Do total de domicílios, 64,8 milhões são urbanos. Destes, 78% tinham esgotamento sanitário por rede geral coletora. Destes, 99,5% tinham água canalizada e 95,1% tinham acesso à rede geral de abastecimento de água.

Já os domicílios rurais, que totalizaram 9,4 milhões em todo o País, 40,2% tinham fossa séptica não ligada à rede, e 50,5% contavam com outro tipo de esgotamento em 2022. Os percentuais de água canalizada e acesso à rede de abastecimento são 88,2% e 38,9%, respectivamente.

Acesso à água potável

Acesso à água mantém-se estável no Brasil, com 85,5% dos domicílios conectados em 2022, em comparação com 85,8%, em 2016. O Sudeste lidera com 91,8% de abastecimento, enquanto o Norte tem o menor percentual, 60%.

Já no ranking das unidades federativas, o Distrito Federal tem o melhor resultado: 97,7% dos domicílios com acesso diário à água, em contraste com Pernambuco, que tem apenas 42,9%.

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