Familiares realizam manifestações em alusão ao Dia Nacional de Homenagem às Vítimas da Covid-19

Com informações da assessoria

MANAUS – Vítimas da Covid-19 receberam homenagens em toda Manaus, nesta sexta-feira, 11. Faixas foram instaladas pela cidade em alusão ao dia 12 de março, quando em 2020 foi registrado o primeiro óbito da doença no país.

Uma manifestação também foi realizada na Ponta Negra, com a presença de familiares de vítimas e sobreviventes da doença, que acenderam velas e espalharam pelo chão da calçada nomes e cruzes em referências aos entes queridos que foram vitimados pela doença.

As manifestações foram organizadas pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico). Representante da instituição no estado, a psicóloga Thaís Augusto do Nascimento, que perdeu na pandemia a mãe, ressaltou a importância do ato.

“O ato tem uma importância social e tem uma importância pessoal, as pessoas que estão aqui podem partilhar sobre a dor que elas sentem. A luta coletiva é um lugar de promoção de saúde mental, de cuidado com as pessoas, então eu acho que a integração de todas essas pessoas é muito importante. Esse ato ajuda a fazer memória do que aconteceu aqui e auxilia na busca de justiça”, afirmou a psicóloga.

Em Manaus, a Covid-19 vitimou 14.139 pessoas até esta sexta-feira (11/03). A cidade viveu, em janeiro de 2021, a crise de oxigênio, no mesmo período, o marido da pedagoga aposentada Maria de Lourdes Paes Lima foi mais uma das vítimas que faleceu na capital:

“As vidas dos nossos entes queridos não cairão no esquecimento, à eles foi negado o direito à vida, quando negaram o vírus, a vacina, UTI’S, hospitais, negaram dignidade. Por eles não nos calaremos. Que o dia 12/03 seja para a sociedade refletir sobre a gigantesca e brutal perda de vidas que tivemos com a Covid-19. E nós da Avico lutaremos para dar voz a quem teve sua vida negligenciada, desrespeitada”, protestou Maria.

A Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 – AVICO Brasil foi fundada em 08 de abril de 2021, pelo advogado Gustavo Bernardes e a assistente social Paola Falceta por conta da ineficiência e da negligência do Estado diante das múltiplas consequências da pandemia de Covid-19 na vida dos brasileiros.