Fenômeno de nuvens iridescentes intriga moradores de Vilhena, em Rondônia

O fenômeno não é apenas parecido com um arco-íris, pois é praticamente formado da mesma maneira, por meio da difração dos raios solares. (Gustavo Nóbrega Lisbôa/ Reprodução)

Iury Lima – Da Cenarium

VILHENA (RO) – Um show de cores iluminou os céus de Vilhena, em Rondônia, ao entardecer da última sexta-feira, 15. O fenômeno foi registrado por um servidor da prefeitura do município de 102 mil habitantes, localizado a 705 quilômetros da capital Porto Velho.

Em entrevista à CENARIUM, a meteorologista Isabella Diógenes explicou que o fenômeno, chamado de iridescência, é relativamente raro. E ele não é apenas parecido com um arco-íris, pois é praticamente formado da mesma maneira, por meio da difração dos raios solares, ou seja, “quando a luz sofre um desvio ao passar por um obstáculo encontrado ao longo da sua propagação”, de acordo com a especialista.

O mesmo foi sustentado pelo meteorologista Diego Silva, em entrevista a um site de Rondônia. “O fenômeno terá cores diferentes dependendo do posicionamento do observador e é pouco observado pelas pessoas”, explica.

“Vilhena é repleta de belezas e o nosso céu é uma delas. Orgulho de ser vilhenense de nascimento e coração”, comentou uma internauta na publicação das fotos feita pela página oficial da Prefeitura de Vilhena. “É para encantar os olhos, não só a alma!”, disse outra internauta.

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Internautas e moradores se encantaram com a aparição das nuvens iridescentes. (Reprodução/Redes sociais)

Como ocorre a iridescência?

A iridescência é descrita pela ciência como um fenômeno óptico que faz certos tipos de superfícies refletirem as cores do arco-íris, por isso é como se um arco-íris estivesse se espalhando por todas as direções de uma nuvem, como no fenômeno avistado em Rondônia.

“No caso das nuvens, o obstáculo encontrado pela luz são as gotículas d’água e cristais de gelo – com tamanhos diferentes e distribuição variada – que compõem a nuvem, onde cada um deles desvia a luz individualmente e o resultado final é um conjunto variado de cores que podemos observar neste fenômeno”, detalhou Isabella Diógenes.

Raridade

A meteorologista destaca que este não é um fenômeno comum de se ver, mas que também não é tão raro. “Talvez para quem gosta de observar o céu, haja mais chances de encontrar com mais frequência o fenômeno meteorológico”, ressalta.

A meteorologista Isabella Diógenes. (Reprodução/Acervo pessoal)

Isabella Diógenes diz ainda que a iridescência pode ocorrer em diferentes tipos de nuvens, principalmente entre as dos tipos cirrocumulus (de aparência granulada, composta por elementos muito pequenos, com altitude de 6 mil a 10 mil metros) e altocumulus (que formam “lençóis” ou “camadas” em altitude de 2 mil a 6 mil metros). “São nuvens não muito espessas e de altitudes elevadas, fatores esses que favorecem o contato com a luz solar e o surgimento deste fenômeno”, concluiu a meteorologista.

Assista ao vídeo do fenômeno em Rondônia

Vilhenense flagra iridescência em nuvens, no interior de Rondônia. (Reprodução/Redes sociais)
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