Fugitivos de presídio federal são presos no Pará pela PF após 50 dias

Fugitivos foram presos em Marabá, no Pará (Divulgação/PF)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA (DF) – A Polícia Federal (PF) afirma que prendeu os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró. A fuga, inédita no sistema penitenciário federal, completou 50 dias nesta quinta-feira, 4.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), os dois foram presos nesta tarde em Marabá (PA). A ação reuniu as polícias Federal e Rodoviária Federal.

A fuga ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro e expôs o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma crise justamente em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.

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Nesse período, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna. Os investigadores suspeitam que os dois detentos tenham sido mantidos por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro em parte desse tempo.

Penitenciária de segurança máxima em Mossoró (RN) (Divulgação/MJSP)

O Ministério da Justiça afirma que houve falhas em procedimentos, mas descarta corrupção de agentes na fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró (RN). A conclusão é de um relatório da corregedoria-geral da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), órgão ligado ao Ministério.

Sobre as falhas, a corregedora Marlene Rosa afirma que elas se deram nos procedimentos carcerários de segurança. Como mostrou a Folha, as celas dos dois presos que fugiram ficaram ao menos 30 dias sem revista e, por isso, foram abertas as apurações contra os dez servidores.

A fuga, a primeira registrada nesse sistema desde sua implantação (em 2006), colocou em teste a gestão de Ricardo Lewandowski com apenas 13 dias à frente do MJ. A administração das penitenciárias federais é de responsabilidade da pasta, que teve a sua primeira crise em 13 dias sob o novo titular (que substituiu Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal).

Leia mais: Lewandowski reúne com equipes de busca dos fugitivos de presídio em Mossoró
(*) Com informações da Folhapress
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