Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium*
MANAUS – A destruição provocada pelo fogo na floresta brasileira vem trazendo drásticas consequências para o meio ambiente. Conforme mostra uma imagem de satélite divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no sábado, 19, a fumaça das queimadas que se alastra na Amazônia e no Pantanal já avançou mais de quatro mil quilômetros da América Latina e chegou a atingir países vizinhos.
De acordo com a imagem, é possível observar que a fumaça avança em direção ao Sul do Brasil. Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai são os países que já estão cobertos por uma nuvem cinza. As informações são do G1.
O Pantanal está em situação de emergência declarado pelo Governo Federal desde a última segunda-feira, 14, em consequências aos incêndios. Na Amazônia, o cenário segue o mesmo. Desde o início do ano de 2020 até o início de agosto, foram acumulados 35.515 focos de queimadas na Amazônia Legal, conforme levantamento feito pelo Inpe.
Aumento
Em 19 dias de setembro, segundo dados do Instituto, a Floresta Amazônica teve 26.656 focos de calor detectados, o que representa 34% a mais do que o registrado no mês inteiro de 2019, com 19.925.
O Pantanal, por sua vez, registra recorde de queimadas, com mais focos que a média histórica total para o mês, com 5.815 focos de calor em 19 dias de setembro. A média histórica é de 1.944 para 30 dias.
Descaso
Apesar de dados comprovados pelo Inpe, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem minimizando o aumento de queimadas no Brasil e trata os incêndios com descaso. Na última quarta-feira, 16, Bolsonaro chegou a falar que existem “críticas desproporcionais” ao conversar com apoiadores sobre as queimadas no Pantanal e na Amazônia.
O mesmo discurso vem sendo aplicado pelo filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). À REVISTA CENARIUM, o deputado federal disse na última sexta-feira, 18, durante sua visita a Manaus, que o Brasil é o País que mais preserva o meio ambiente.
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