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Imprensa argentina utiliza REVISTA CENARIUM como fonte de informação sobre Covid-19 no Amazonas
Sede da Rádio Universidad Nacional de La Plata, em Buenos Aires, Argentina (Divulgação)
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17 de janeiro de 2021
Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium*
MANAUS – Em entrevista com o locutor Marcos Paverino, da rádio argentina Radiouniversidad, na manhã dessa sexta-feira, 15, a jornalista e diretora-geral da REVISTA CENARIUM, Paula Litaiff, detalhou o enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Amazonas e falou sobre a crescente demanda de oxigênio que fez com que pacientes fossem encaminhados para tratamento em outros Estados do Brasil.
Considerada a primeira rádio universitária do mundo, o veículo de comunicação é sediado em La Plata, no Estado de Buenos Aires, capital da Argentina. A rádio tem audiência em todo território argentino. A partir de agora, a REVISTA CENARIUM passará a fornecer informações – via texto e em mídia audiovisual – sobre a situação da pandemia no Amazonas e na Amazônia para a Radiouniversidad.
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Escassez de oxigênio
Durante a entrevista, Paula Litaiff explicou a situação da escassez de oxigênio que se instalou, em Manaus, nessa quinta-feira, 14. “As coisas não estão muito boas aqui pelo Brasil, por Manaus, que é a capital do Amazonas. Marcos, aqui estamos com dificuldade de obter uma maior quantidade em oxigênio hospitalar para os pacientes, porque houve uma disparada no número de casos graves da Covid-19. O que fez aumentar em 150% a demanda, a procura, por oxigênio hospitalar. E, hoje, está sendo o nosso maior problema aqui em Manaus”.
O locutor questionou sobre aglomerações no comércio nas semanas antecedentes ao Natal e ao Ano-Novo e ainda durante as eleições, realizadas em novembro de 2020. Em sua resposta, Paula lembrou que, no caso do pleito, embora a companha tenha sido híbrida, com parte nas redes sociais e parte nas ruas, houve um grande número de aglomerações. “O problema que, para você parar uma campanha eleitoral no Brasil, o Estado não tem esse poder, quem tem é o governo federal, é o congresso. Então, a campanha seguiu, Marcos, e com isso um número muito grande de aglomerações em todo o Brasil, principalmente no Amazonas, e, acompanhado das festas de finais de ano, houve um ‘boom'”, disse.
Decreto governamental
Em relação ao comércio local, a jornalista comentou o movimento do empresariado que levou a uma nova flexibilização do decreto governamental. “Você perguntou sobre a restrição no comércio, antes do Natal, quando houve um aumento significativo do número de casos, foi quando o governador do Amazonas decidiu fazer uma restrição de comércio não essencial, aquele comércio que não envolve venda de remédios e alimentos. O problema que houve aí uma pressão política e empresarial para que o comércio continuasse, e o comércio continuou. Então, foi necessário, há cerca de um mês, uma decisão do Judiciário para intervir e fazer com que o comércio parasse, e foi assim que o comércio parou há cerca de 30 dias”, completou a diretora-geral da REVISTA CENARIUM.
Ao lembrar do editorial “Tragédia em Manaus: negacionistas têm sangue nas mãos”, publicado nessa sexta-feira, Paula Litaiff contou sobre a problemática de se reconhecer a gravidade da pandemia na Amazônia. “Infelizmente, Marcos, aqui no Brasil existe hoje o que chamamos de negacionistas, que são aqueles que negam a gravidade da Covid-19, da ciência, e dentro desse grupo tem aí os empresários. Então, assim, eles foram contrários ao fechamento do comércio e foi necessário o Judiciário intervir para o comércio parar”.
Questionada sobre a quantidade de oxigênio disponível no maior Estado da Amazônia, a jornalista falou sobre a doação de cilindros por parte do governo da Venezuela e da omissão do governo federal. “O governo venezuelano assinou tratado e já está disponibilizado o oxigênio e esse processo vai começar, porém existem outras duas medidas, a Justiça Federal obrigou o governo federal a também ajudar o Amazonas e o governo do Estado obteve uma decisão favorável para fazer empresas daqui fabricarem oxigênio”, disse Paula.
Fabricação de oxigênio
O Governo do Amazonas requisitou administrativamente o eventual estoque ou produção de oxigênio de 18 indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM). A medida tomada pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), ainda na quinta-feira, 14, visa garantir a assistência de pacientes, após as principais fornecedoras do insumo não suportarem a demanda das redes pública e privada do Estado, que passou a ser cinco vezes maior nos últimos 15 dias. A requisição está prevista na Constituição Federal e na Lei nº 8.080/1990, a Lei do SUS.
Ainda na manhã dessa sexta, nove pacientes que estavam internados nas unidades da rede pública do Amazonas foram transferidos para continuar o tratamento em Teresina, no Piauí. O grupo foi o primeiro, dos 235 pacientes, que serão enviados para cinco Estados brasileiros. A medida é uma das estratégias para melhorar o atendimento nas unidades de saúde de Manaus que estão sobrecarregadas e sofrem com a escassez de oxigênio devido ao aumento da demanda nos últimos 15 dias.
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