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Imprensas internacional e nacional debatem ‘retrocessos’ ambientais no Dia da Amazônia
Desmatamento na Amazônia (Reprodução/Instituto Rã-bugio)
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05 de setembro de 2021
Victória Sales – Da Cenarium
MANAUS – Como o objetivo de conscientizar a sociedade para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, o Dia da Amazônia, celebrado neste domingo, 5, ganhou destaque nacional e internacional após veículos de imprensa repercutirem retrocessos ambientais na data.
A revista internacional “Vogue” dedicou um espaço para abordar o assunto e publicou no site uma série com 33 histórias inspiradoras para se ter um mundo mais sustentável. Uma delas é a trajetória da ativista indígena Nina Gualinga, que explicou melhor como as mulheres da Amazônia estão lutando contra as ameaças na Amazônia equatoriana.
Em abril, a revista voltou a falar com os ativistas que estiveram na edição de setembro para mostrar como está sendo o cotidiano dos povos amazônicos. Eles destacam o avanço nos projetos para conter a devastação da floresta e falam sobre o esforço em meio à sobrevivência com a crise sanitária causada pela Covid-19.
Com visibilidade a temas como: lixo, queimadas e desmatamento, o jornal O Globo relatou sobre a quantidade de lixos coletados diariamente em rios e igarapés. Ao todo são contabilizadas 27 toneladas de resíduos que cruzam o quintal da casa de palafita do autônomo Jorge Machado, o qual tira o sustento da família, em Manaus.
“Tiro de tudo aqui no rio: madeira, ferro, alumínio, mas o que tem mais é plástico. Tem muita garrafa PET”, disse Jorge ao jornal. O veículo fez um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o qual destaca que o Amazonas ocupa o terceiro lugar no ranking da geração per capita de resíduos sólidos diários, com mais de 1 kg, ficando atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro.
Outro assunto que chamou a atenção dos internautas que procuravam a data pela internet foi a matéria, também publicada pelo jornal, sobre a degradação do bioma e como as ameaças à floresta impactam a vida dos brasileiros.
Segundo O Globo, desde a criação da data a floresta nunca tinha passado por um momento de tanta pressão. Foram registrados mais de 39 mil focos de calor na Amazônia, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ainda sobre repercussão, o site da Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace lançou uma reportagem para falar sobre a hora certa de agir. Segundo a ONG, em 2020, o desmatamento vem alcançando um número alto, com mais de 10 mil km², de acordo com Inpe.
O site destaca ainda sobre a pressão institucionalizada que vem sendo levada pelo governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, como o marco temporal, que podem causar impactos irreversíveis à floresta.
“Portanto, hoje, no Dia da Amazônia, te convidamos a agir pela floresta e pelo nosso próprio futuro. Sabemos que, diante de tantas notícias ruins e pela grandiosidade do desafio, podemos nos sentir um tanto impotentes. Sabemos também que não existe uma solução fácil ou única, mas temos a certeza de que se a humanidade se unir, empresas, governos e pessoas comuns de todas as partes, podemos promover a mudança que precisamos”, disse a ONG em uma publicação.
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