‘Inércia do poder público’, afirma ambientalista sobre falta de arborização em Manaus

Imagem mostra área urbana de Manaus sobre a floresta amazônica (Composição/Paulo Dutra/Cenarium)
Isabella Rabelo – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Apesar de estar localizada em pleno território amazônico, a cidade de Manaus (AM) está entre as capitais do Brasil com menor arborização. Segundo o último censo sobre arborização realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Manaus está na antepenúltima posição no ranking de cidades brasileiras, com apenas 23% de área urbana arborizada, porcentagem considerada insuficiente para manter a qualidade de vida da população.

A CENARIUM conversou com o ambientalista Jossimar Farias sobre o assunto. O especialista apontou, entre as possíveis motivações da situação, a negligência das entidades públicas. Para ele, um dos grandes motivos para que Manaus se encontre nesse estado tem a ver com a “inércia do poder público” sobre a pauta da arborização.

“Seja por conceder imoderadamente licenças a grandes projetos imobiliários e empresariais para desmatar áreas verdes, ou até mesmo pela falta de fiscalização dessas ações, os órgãos municipais como a Semmas [Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade] não mostram relevância alguma para a proteção do nosso bioma”, afirmou Jossimar.

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Vista aérea da cidade de Manaus (Reprodução)
Impacto

O relatório “Florestas e Árvores para a Saúde Humana: Percursos, Impactos, Desafios e Opções de Resposta” publicado pelo Programa Ciência-Política da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), destaca a importância das árvores para o bem-estar das pessoas que vivem em áreas urbanas.

O documento aponta diversos benefícios para a saúde física, mental, social e até mesmo espiritual em relação à florestas e áreas verdes. São exemplos o combate  à depressão, distúrbios relacionados ao estresse e ao envelhecimento cognitivo.

É estimado pelo relatório que as relações perturbadas, ou seja, a falta de convívio entre florestas e pessoas, causaram o surgimento de mais de 30% de novas doenças desde o ano de 1960.

Leia mais: Política ambiental: especialistas analisam iniciativas de prefeitos eleitos na Região Norte
Editado por Jadson Lima
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