Juiz solicita segurança para júri de bolsonarista que matou petista no Paraná

O guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda (à direita) morreu após ser baleado na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O autor dos disparos foi o policial penal bolsonarista Jorge Guaranho (à esquerda) - (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – O juiz Hugo Michelini Junior quer o apoio de policiais militares na data do julgamento do policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, que está preso pelo assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, em julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR).

O processo no qual Guaranho é acusado de cometer homicídio duplamente qualificado está na pauta do Tribunal do Júri do dia 4 de abril.

Em ofício encaminhado nesta sexta-feira, 15, ao comando do 14° Batalhão de Polícia Militar, o juiz requisita a designação de PMs para atuarem na segurança do edifício do Fórum de Justiça Estadual.

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Também na sexta, o juiz conduziu o sorteio dos 35 jurados que participarão do julgamento. Outros 35 suplentes também foram definidos por sorteio.

Na noite de 9 de julho de 2022, Garanho invadiu a festa de aniversário de Arruda, que comemorava 50 anos e tinha temática do PT, e atirou contra o guarda municipal.

O petista, já ferido no chão, também baleou o bolsonarista, que ficou internado em um hospital antes de ser transferido para a prisão. Câmeras de segurança registraram o episódio.

Entenda

Conhecido militante do PT de Foz do Iguaçu, o guarda municipal Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos em festa decorada com fotos de Lula e símbolos do partido, quando o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho invadiu o evento. Aos gritos de “Bolsonaro” e “mito”, segundo relatam testemunhas, o homem ameaçou os presentes e saiu. Arruda foi até o carro para pegar a arma, temendo que Guaranho voltasse. Os dois se reencontraram e o agente penitenciário atirou no aniversariante, que, mesmo ferido, revidou. Ambos morreram.

Marcelo Arruda era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), tesoureiro do PT municipal e foi candidato a vice-prefeito. Era casado e tinha quatro filhos – dentre eles, uma menina de seis anos e um bebê de apenas um mês.

No estacionamento da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, onde acontecia a festa, Guaranho deu dois tiros em Arruda, segundo testemunhas, que conseguiu revidar e atingir o agressor com um tiro na cabeça. O agente penitenciário teve morte cerebral confirmada pelos médicos, enquanto o guarda municipal chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

(*) Com informações da Folhapress
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