Justiça do AM marca audiência de instrução no julgamento de latrocínio de jovem indígena

Familiar mostra foto de Melquisedeque durante velório em Manaus (Ricardo Oliveira/CENARIUM)
Com informações da assessoria

MANAUS – A 9ª Vara Criminal da Comarca de Manaus marcou para o dia 3 de outubro deste ano, a partir das 10h15, a audiência para instruir a Ação Penal N° 0773825-13.2021.8.04.0001 que tem como denunciados Lucas Lima e Janderson Cabral Cidade acusados do crime de latrocínio que teve como vítima o jovem indígena Sataré Mawé Melquisedeque Santos do Vale. A audiência vai ser presidida pelo juiz de Direito Henrique Veiga Lima, titular da 9ª Vara Criminal.

O processo tem seis vítimas, sendo que Melquisedeque Santos do Vale morreu no local do crime. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) apontou, por meio da denúncia oferecida pela promotora de Justiça Leda Mara Nascimento Albuquerque, cinco testemunhas de acusação. Lucas Lima e Janderson Cabral Cidade foram denunciados nas penas do art. 157, parágrafo 2º; inciso II, parágrafo 2º-A; inciso I e parágrafo 3º; inciso II, combinado com o art. 70, (latrocínio), todos do Código Penal Brasileiro.

Denúncia

De acordo com o inquérito policial que investigou o crime e que gerou a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime ocorreu por volta de 16h30 do dia 16 de dezembro de 2021, em ônibus coletivo da Linha 444 que trafegava na Avenida Santos Dumont, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. Lucas Lima e Janderson Cabral Cidade, que estariam acompanhados de um indivíduo chamado de “Pequeno”, teriam entrado no ônibus vestidos de “gari” e, em dado momento, anunciado o assalto.

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“Com violência e extrema agressividade”, conforme a denúncia do órgão ministerial, passaram a exigir e a recolher os objetos dos passageiros, incluindo os telefones celulares de três mulheres, o telefone e uma quantia em dinheiro de um homem, além da renda do caixa do coletivo.

Ainda segundo a denúncia, enquanto Lucas e “Pequeno” estariam ameaçando as vítimas e recolhendo seus pertences, Janderson teria atirado na cabeça de Melquisedeque, que morreu na hora. De acordo com os autos, um quarto elemento daria suporte à ação dos acusados, em outro veículo.

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