Leilão 5G: benefícios para o setor público

Países como Coréia do Sul, Austrália e Arábia Saudita contam com a internet 5G nos seus recursos utilizados tanto comercialmente quanto em outros setores. Na Coréia do Sul, por exemplo, o meio de conectividade passou a ser usado para comércio em 2019, onde a população geral passou a usufruir do recurso para a venda de produtos pela internet. O mercado da região passou a ser mais atrativo por conta da agilidade do produto, e essa novidade está prestes a chegar em solo brasileiro.

No último dia 27, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou um edital de licitação da internet 5G. O leilão está marcado para o dia 4 de novembro e as empresas poderão enviar as propostas até o dia o dia 27 desse mês. Segundo a Anatel, a expectativa é que a internet seja implantada até julho de 2022 em capitais de estados.

O Ministério das Comunicações determinou que as empresas vencedoras deverão cumprir pontos previamente definidos, que deverão beneficiar principalmente a nossa região amazônica. Além de levar internet de qualidade a outros campos do país, o setor federal contará com a criação de uma rede privada de comunicação junto a sua administração.

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Dando destaque ao setor federal, podemos concluir que as ações realizadas dentro das instituições ficarão mais seguras, uma vez que será criada uma rede particular, que será utilizada apenas pelas pessoas das instituições, impedindo o acesso de terceiros que possam invadir o sistema.

Outro ponto que foi acertado no edital é a instalação da rede óptica, via fluvial na região amazônica. Sabemos que por conta da localização de nosso estado, o trânsito livre é dificultado por conta da falta de vias terrestres. Banhado pelo rio Amazonas, muitas cidades ribeirinhas acabam ficando isoladas pela falta de luz, internet e água encanada. Muitas famílias vivem nessas condições, e algumas nunca tiveram acesso à internet.

Com a pandemia da Covid-19, o isolamento se estendeu de forma extensa. Por conta das medidas de segurança contra a Covid-19, muitos estudantes, por exemplo, não puderam ir à escola e não puderam acompanhar as aulas. Por mais que fosse oferecido o serviço de aula online, via televisão ou rede móvel, nem todos tinham esse acesso.

A chegada da conectividade aos mais variados cantos que compõem nossa região ajudará de forma considerável os ribeirinhos que sofreram tanto com o isolamento durante os picos da pandemia no estado. Ter a opção de se conectar ajudará também na educação que foi prejudicada, assim como o acesso à informação geral.

Da mesma forma, alunos da capital serão agraciados, de acordo com o ministério. Outro ponto mencionado no edital se refere a implantação da internet móvel de qualidade em escolas públicas de educação básica. Assim como os jovens do interior, nem todos os alunos do sistema de ensino tiveram acesso à internet. Como discutimos anteriormente, o acesso à internet existe, mas uma parcela da população não consegue consumir o produto pela falta de oportunidade e recurso. Diferenças de rendas são os principais pontos que interferem nessa situação; muitas vezes não é por falta de interesse, mas sim, de condições.

Nesse sentido, a distribuição de internet de qualidade para alunos da rede pública ajudará na integração aos assuntos administrados na sala de aula, principalmente quando esse aluno não poderá estar presente. A pandemia causou mudanças na sociedade, principalmente em relação à internet. Cada vez mais, serviços públicos podem ser solicitados pelo espaço virtual, é mais do que necessário a presença de uma rede móvel capaz de suportar o atendimento à população.

Espera-se que o serviço de internet 5G venha para agregar agilidade aos serviços públicos do país, bem como impulsionar outros setores da sociedade. Inicialmente, devemos priorizar esse setor, pois ele é responsável por movimentar uma parcela da economia do país. Nossa região será uma das principais beneficiadas, então devemos acompanhar o processo de venda e certificar que todas as promessas de melhorias sejam cumpridas.

(*) O autor é diretor-presidente do Sistema Previdenciário do Amazonas (Amazonprev) e professor na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), tem Doutorado em Administração Pública, é graduado em Administração de Empresas e em Direito.

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